Abrir e o fechar d' alma

ABRIR E O FECHAR D' ALMA

Abro a janela da alma

Contemplo do casebre

Pé de serra

As brumas das manhãs

Tal qual céu arrasta pé

Orvalho gelado

Cristais no verde

Cactos

Faz lembrar do pacto

Com o Pai desta terra

Do cuidado

Com os teus rebentos

Espalhados as distâncias

E em cercados

No giro orbital

Os cactos se desfazem

Deixando o verde vivo

O vermelho celeste avisa

Que véu negro pede licença

Também orvalhado cintilante

O casebre pé de serra

Aconchego

Deixo lá fora as obrigações

Agradeço ao Pai

Fecho a janela da alma

Me entrego

Alegre na satisfação

Do dever cumprido.

Jose Carlos Gouvêa

ABRIR E O FECHAR D'ALMA

A vida em seu interior

B usca nesta viagem

R efazer muitas bagagens

I nvestir no inesperado

R estabelecer o não programado

E saber ver o que é belo

O amanhecer é um novo elo

F luindo, para recomeçar

E sentir vibrar uma força

C hamando para uma nova luta

H oje e sempre voce disputa

A ssim, pense e torça, pois

R esta sempre uma esperança

D e saber do dever cumprido

A rota do caminho escolhido

L ivre, para contemplar

M uito mais que um casebre

A vida que Deus te concebe.

Angélica Gouvea