Quarta feira de Cinzas

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Ysolda Cabral

Quarta-feira de cinzas...

Sem fantasia, sem tela e sem tintas

Para colorir o preto e branco da vida

Hoje despida das mentiras, das liras...

Quarta-feira de cinzas...

Sem sonhos, sem objetivos

Estou aberração mal feita

Sorriso de careta me espreita

Coisas da Natureza...

Quarta-feira de cinzas...

De um carnaval que passou,

Vestido de beleza e poesia,

E, novamente,não me levou!

Outros carnavais virão

E mesmo que de novo não me leve

Ficarei bem posto que, se a vida é breve,

Minha vontade não é não.

QUARTA FEIRA DE CINZAS

Angélica Gouvea

Q ue seja de reflexão

U rge o tempo, conversão

A alegria continua

R epõe as energias

T roque as máscaras

A gora sorria

F ite a realidade, nua e crua

E viva agora a tua verdade

I lusão de quatro dias

R etire a máscara do preto e branco

A vida é real e não fantasia

D o sonho e da magia

E ngana-se as alegorias

C ada um fez o seu papel

I nocente ou réu de si mesmo

N os atos e nas atitudes

Z erado, para ser lembrado

A ssim Quarta feira, será

que voce foi amado?