Onde estão teus olhos,

/Amor da minha vida, que não os vejo //

/desde o romper da aurora... //

/É que são tão lindos, mas tão lindos, //

/que nem um pouco me icomoda //

/vê-los de hora em hora! //

 

/Duas pétalas de rosa amarela! Dos pés //

/à cabeça a mais granfina cinderela... //

/Se eu não te visse essa maravilha de flor, //

/de mim, eu //

/faria um algoz! //

 

/Como é ruim ficar distante de ti, //

/logo cai a neblina e me bate um frio... //

/Mas como sou tão quão uma rocha, //

/amanheço sem que ninguém //

/me cale a voz! //

 

/Por fim, às cinco e trinta eu acordo com //

/um sopro no ouvido, vindo lá do capão //

/do oco... Amor, parece-me que cada noite //

/que dorme, meu dia, te acorda //

/mais bela, linda e nobre! //

Macêdo Alves
Enviado por Macêdo Alves em 11/06/2023
Reeditado em 28/02/2024
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