O caminho da solidão profunda

O mundo é rosa

Nada perceptível para uma alma cipreste

Que vaga desolada

Dos prantos e rebentos

Não há solidão mais profunda

O rasgo de um peito já ferido

A privação de uma vida sem vida

Vaga-lume sem luz

Chama extinta e sem sabor

Caminhar no escuro

No vale dos que já partiram

A emulação dos sentidos

Para se ter um sentido

De um lobo solitário

Uivo inaudível,

Emoção fraca

Sem vida

Nada real...

Mas vale tentar.

Ricardo Régis Oliveira Veras
Enviado por Ricardo Régis Oliveira Veras em 25/12/2005
Reeditado em 10/02/2011
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