DO LIVRO DA VIDA

37) Nas minhas variadas profissões – carregador de areia em vagão de trem, vendedor de doces, cortador de lenha, bancário, professor, telefônico e hoje, na minha caminhada “solo” - aprendi que existem os mais variados tipos de Supervisores e de chefes...

O mais espetacular deles, é aquele que chega de manhã e sai de tarde, com a cara amarrada.

Homem de poucas palavras. Durão. Arrogante. Carreirista. Desleal.

Que tudo faz para subir na hierarquia e na vida.

Que se acha autossuficiente e que tudo sabe... Quase sempre, este personagem, se satisfaz, muito, quando consegue pegar algum erro de um subalterno e, em razão disto, publicamente lhe passar uma descompostura, sempre na frente de todos os demais e em alta voz... pelas reiteradas vezes que, no meu caminho, deparei-me com chefes com este comportamento disse, em silencio, para mim: Se, na minha vida, eu for responsável por pessoas nunca vou tratá-las assim.

E chegaram os meus dias no Banco da Amazônia, na ACM, como professor de Contabilidade Bancaria, na “Velha CRT”, como Tesoureiro, na Vant telecomunications, como responsável pela Mesa de Operações Financeiras.

Na Grizotti, como responsável por financiamentos do Minha Casa Minha Vida e, agora, no meu trabalho “solo” ...

Em nenhum destes lugares e, destes momentos, as pessoas me viram de cara amarrada ou de mau humor.

E nunca ninguém ouviu de mim uma reprimenda que não fosse solitária e individual.

E todos ouviram de mim, publicamente, os elogios pela tarefa bem-feita, pela missão cumprida... pelo envolvimento com a equipe e pelo sentimento de pertencer ao processo e ser parte da solução dos problemas decorrentes da atividade que o trabalho impõe a cada um de nós, e a todos, nesta caminhada da vida.