DO LIVRO DA VIDA

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À vezes, encontro-me dedicando atenção ao exame, ainda que empírico, da condição dos seres humanos dos quais sou imagem e sombra.

Concluo que somos seres frágeis e circunstanciais, sujeitos às influências contraditórias de nossa existência.

Constato como é tênue a linha que separa a sensatez da insensatez.

A Felicidade da tristeza.

O riso da lágrima.

A lucidez da loucura.

A Euforia da depressão.

Existem pessoas que são como um sol, iluminando o nascer de um novo dia e, comparo os seus sorrisos, suas alegrias, com uma sinfonia da natureza cujas notas harmônicas nos trazem paz, amor, fé e esperança e uma felicidade infinita.

Existem pessoas que trazem no rosto, um certo ar de tristeza que eu não consigo explicar...e declaram-se frágeis ao primeiro contato, ao primeiro olhar, ao primeiro cumprimento...

Existem outras que se apresentam com um rosto duro, cujas cicatrizes feitas de silencio e de dor, as torna inflexíveis, distantes e incapazes de expressarem sentimentos, como se fossem um tronco à deriva ou como um velho barco danificado e solitário amarrado a um porto vazio...

Por isto tenho muito cuidado com as palavras e não me perdoo quando por usá-las, inadequadamente, produzo sentimentos que se distanciam da serenidade da harmonia, da paz da alegria, que deveria estar presente nos olhos e nas fisionomias de todas as pessoas...

ERNER MACHADO
Enviado por ERNER MACHADO em 18/05/2024
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