DEUS, O TEMPO

O tempo

tem

bastado para

eu compreender

tantas falhas,

excessos de desordens

internalizadas

ao meu

bel desprazer.

Detenho

a procura incessante

dos ímpetos

deixados

na estrada

de um passado

não tão distante,

referente

aos

meus pecados.

Deixo-me

pedir perdão

ao Deus

cuja a História

rememora

minha intensa

carga

roteirizada pelo calor

a consumir

certas memórias.

Ontem

percebi demais

o custoso dever

de olhar

para não permitir,

nem compreender

para redescobrir,

tamanhas

emoções assaz.

Queria

aprender algo

além dos olhos,

ir profundo

nas entrelinhas

do meu mundo,

de infâmia criado,

em desgosto

com o tédio

em mim

ampliado.

As saídas

não serão

bem vindas,

nem tão pouco,

repartidas

para outro alguém,

como Eu,

adentrar

nos lisérgicos

devaneios

da sina

corrompida.

E o que

de mim partir

será obra do destino,

sem anseios

nem rodeios

que alterem

o ritmo

tão perfeito

da natureza,

obra prima,

que por nossa

inquietante ação

desmantela

o esperar,

parte

da sua irremediável

pureza.

A quem sou,

basta

mergulhar inteira

e figurativamente

nas predileções

imperfeitas

do meu anseio

desejado,

num encontro

desajeitado,

entre o Eu

que ontem reconheci

vívido novamente

e hoje renasceu

um novo ser

lapidado pelo tempo.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 11/07/2021
Código do texto: T7296983
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.