Análise da Poesia "Dolências" de Augusto dos Anjos e relatos da obra

Relato e análise sobre a obra “Eu e outras poesias“ de Augusto dos Anjos.

O artista poeta, sempre amarga uma condição existencial de feitio

do próprio gênero, caracterizado por um desconforto persistente do seu próprio gênero e por um sentimento de inadequação no papel social deste gênero,que foi marcado pela trágica solidão.

Percebemos isso, quando pajeamos a sua obra, e passamos a ler e declamar;e refletimos e apreciamos como uma produção de auto nível que é;também podemos sentir e ver, conteúdos de uma obra inclassificável, porque o autor, com seu estilo próprio de saber mesclar seus versos; podemos assim, colocarmos no patamar de uma obra sublime, porque ao declamarmos seus poemas, pode-se ver e sentir nas suas entre linhas, termos grotescos (cavernosos), que ajudam a sublimar junções metafóricas, tornando assim, seus poemas, numa grandiosidade de conjuntura, que adequa - se necessariamente a cada colocação precisa dos seus poemas

Poesia “Dolências” (de Augusto dos Anjos).

Analise em geral (sobre o título)

É um termo que se define, como um substantivo feminino, com características e particularidades de um ser vivo, ou seja, um vivo morto, a qual encontrava-se em lástima situação de sofrimento, dor, aflição, melancolia, magoas, desolação, um individuo que dialogava com o seu eu irracional no irreal, e se martirizava com o Eu racional, entregando-se a um estado lamentável, e passa a defrontar-se com o seu Eu irracional, tornando-se assim, um ser dolente, dilacerado pelo real ao irracional, que flui do seu cérebro com inúmeras idealizações do irreal para detonar no seu livro da vida, o vivido racional, de numerosos manuscritos que fervilham dentro do seu ser, para citar em versos poéticos, sentimentos sinistros de revolta, que conscientemente,

se envolve na obscuridade intima d’alma cansada e oprimida pelos tormentosque o sufocava, não como um doente, mas como um dolente, que em meio aos reflexo sombrios do seu cotidiano, ele constitui seu próprio labirinto de condição inclusivo do seu péssimo mal estar em que vivia, apreende-se nas correntezas sombreada da solidão, emergido de uma força estranha e gritante que sai do seu Eu racional, motivando-o a transcrever o Eu irracional do irreal, retratando - se assim, nas entre linhas poéticas , seus restos de farrapo de gente,os últimos suspiro de uma alma cansada e sedenta, que ansiava por descanso eterno.

Na minha concepção, o crítico poeta das agruras, Augusto dos Anjos,

mediante tal situação em que ele encontrava-se, isola-se de tudo e de todos.

E deleita-se em seu leito e do ficcional, envolvendo-se do seu real,

abraçando-se as ideias do irreal, entregando-se ao real de desobstruir do seu cérebro o irreal, que fervilhava como grãos de areia, inúmeras poesias que fluíram de dentro do seu ser,então ele entregar-se aquele espírito insano e agarra-se ao irreal da alma, que em meio ao seu deplorável estado, decide-se, pôr suas ideias no diário da vida; passando assim, a escrever, poesias que mostram a sua infelicidade; e são poemas, que declaram e mostram o estado desprezível do real farrapo de gente, que dele restou , levando-o, a uma realidade, de um imenso túnel do tempo, que infinitamente fechava-se ao seu redor, arrastando-o, a uma escuridão que a cada instante o aterrorizava, fortemente, com um vento frio que o rodopiava para leva-lo ao seu

momento final, de seu encaixamento, a uma imensa tumba fria da escuridão.

Análise dos versos

- Na poesia “Dolências”, podemos ver que ela está em consonância

com a atmosfera sombria e misteriosa que o envolve, de expressão

esquisita e que marca a desolação do Eu.

- As cenas sinistras são implacáveis ao seu redor, forças exteriores

interiorizadas dentro do seu Eu, agonizam a alma sedenta do poeta

que sofre e chora por ver seu sonhos desmoronar,

Sentindo-se sozinho, abandonado e desprezado do convívio de todos.

- Mediante tal situação, vagando sem amor e sem ninguém para ajudá-lo.

- Guiado pelas lembranças sombrias e obscuras da sua nebulosa trajetória.

- Sentindo-se perdido entre a multidão, que hora o desprezavam.

- vivendo assim, sozinho, e infeliz no seu trágico destino, ele fica a mercê da má sorte.

- Um ser, vivo morto, suplica, e pede calma, ao velho coração solitário,

que diante das altas ondas gigantesca.

- E das pragas que sobre ele veio, as nuvens negras que o rodeavam,

- O temporal que o arrastava, levando-as profundezas terral,

e sem palavras segue ao seu naufrágio, sem ter ninguém por ele chorar,

parte, deixando suas marcas tenebrosas, como relíquias nas entre

linhas das suas poesias.

Por fim, vale destacar, que durante as leituras dos poemas Augustiano ,

pude perceber, que o autor, sempre inicia seus poemas, moderadamente, para depois o ataca-lo grotescamente o “insofrido”, e um “visionário” dissonantes e dilacerados. Mas mesmo o que se representa moderadamente, em certas circunstâncias, não é verdadeiramente calmo. Por trás das suas sequenciadas poesias, há evocação de tensão: “de noites frias, de insônias, de sofrimentos, etc.

Desse modo, posso destacar e afirmar como leitora dos versos Augusto dos Anjos.

Ao lermos sua obra “EU” , temos que refletir sobre a extensão do que lemos, e se possível for, nos colocarmos visionariamente diante de uma situação como a que ele retrata em seus versos poéticos, ou seja, sair do nosso racional, entrar no cenário do irreal, reviver que absorvemos no irracional, para chegarmos ao real, e assim, obtermos um bom êxito, ao interpretarmos essa excelente obra, "Eu e outras poesias", que foram produzidas em tempo real, (declarando o estado que o autor encontrava-se).

Mas mesmo assim, apesar do abalo que seus versos causam ao leitor,

O estilo original do poeta, ainda lhe garante um lugar entre os mais lidos,pelo o público da massa brasileira.

Vocabulário: Dolências- são magoas; dores, aflições, agruras, atormentação, desolação,

martírio da alma, etc.

Joceilma Ferreira Dantas
Enviado por Joceilma Ferreira Dantas em 14/02/2015
Reeditado em 10/02/2017
Código do texto: T5136618
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