Breve análise do filme "As the crow flies" (perdão pelo spoiler)

Assistindo na Netflix a série turca “As the crow flies” resolvi escrever este texto.

A série aborda a necessidade de ascensão rápida da chamada geração XYZ.

Se bem me lembro o conceito de geração, que me foi apresentado na escola dizia: um grupo de indivíduos nascidos em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico e que causam impacto à sociedade no que diz respeito à evolução, cada geração possui características únicas, que estão diretamente ligadas ao seu comportamento, costumes e valores.

Pesquisando sobre as gerações citadas no filme encontrei esta informação: os Baby Boomers são os nascidos entre 1945 e 1964. Em seguida veio a geração X, que compreende o período de 1965 a 1984. Já a geração Y é composta por indivíduos que nasceram entre 1985 e 1999. Por fim, temos a geração Z com os nascidos a partir de 2000, mas parece que também temos outras classificações como a geração Alfa, os Milleniuns e tantos outros. Classificações a parte, parece que a diferença não está nas siglas e sim no modo como estes grupos encaram a vida e seus desafios.

No filme é bem interessante a forma como os personagens buscam manter ou galgar posições sociais e profissionais.

Detesto utilizar o termo, mas “antigamente”, a ascensão obedecia um caminho e uma métrica, ou seja, estudar, trabalhar, desenvolver habilidades e competências, ser assíduo, pontual, ser ético e capaz de desempenhar uma função a contendo.

Hoje, com a ajuda da tecnologia da informação o caminho e a métrica perderam o sentido.

Atualmente, a máxima de “os fins justificam os meios”, assim como um celular e o acesso às redes sociais facilitam a elaboração de planos e projetos para subir sem maiores esforços, no entanto, a escalada pode sofrer reversos, e, ás vezes, a subida e a descida podem ser uma gangorra vertiginosa e perigosa, na qual o céu não é o limite e o fundo do poço é ainda mais fundo do que parece.

No filme, tanto o diretor quanto os personagens souberam caracterizar muito bem os ingredientes necessários para burlar o quesito capacidade e substituí-lo pela esperteza, fazendo uso da informação na hora certa e manipulando-a em benefício próprio.

Enfim, peço perdão pelo spoiler, no mais é assistir ao filme e tirar as próprias conclusões.

Eu, particularmente, prefiro a moda antiga, até porque não gosto de me arriscar e não tenho mais idade para andar de gangorra...

Ondina Martins
Enviado por Ondina Martins em 24/06/2022
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