Prefácio do livro Abstração Poética_2017.

PREFÁCIO

Observando um mundo contraditório e desumanizado como o nosso, onde não vivemos, mas apenas sobrevivemos nas mais cruéis e insuportáveis situações em que o ser humano é exposto. Eu percebo que muitos seguem um caminho de auto destruição através de seus instintos mais básicos de animalização. No entanto se formos observarmos a vida apenas por essa perspectiva, sem dúvidas a vida se tornará mais uma clássica tragédia grega da existência humana.

Entretanto não explano que se deva negar a realidade da vida, por mais que se assemelhe a uma causa perdida. Como diria o dramaturgo Antônio Abujamra. (1932-2015) Porém a vida não pode ser uma causa perdida, porque a vida não é uma causa, mas sim mais do que uma causa; que é o próprio ato de viver a vida. Então direi sem nenhum exagero ou otimismo ingênuo: que ainda existe uma luz no fim do túnel ou talvez uma centelha divina em cada ser que vive e que possui o dom da arte poética. Essa música dos sentimentos e dos sentidos e de toda forma artística de se expressar.

Todavia essa arte poética do poeta pode transformar a nossa realidade áspera numa nova realidade artística. Sem dúvidas o ser poético é um ser predestinado que cria o seu destino através da sua criatividade anacrônica de seus textos, como também descreve a vida real de forma mais criativa. E assim o artista literário se torna um homem mais amplamente realizado, por possuir uma espiritualidade plena de significado.

Enfim é assim que eu defino o meu amigo e irmão Déboro Melo, um poeta com uma poesia delicada e simultaneamente crua. Conforme o seu estado de espírito, conforme o seu modo de observar o mundo em que nós vivemos. Mas se perder a esperança na vitória da vida, que é a própria vida e a arte em si mesmo. O saber viver, o saber ser artista da vida é muito mais importante do que a fria palavra sem sentido, mas o que tem sentido é a palavra que emociona e que faz vibrar o coração que ama.

Alberto Alencar

Escritor, Poeta e boêmio.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 12/08/2022
Reeditado em 12/08/2022
Código do texto: T7580703
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