PREFÁCIO DO LIVRO: PELO OS CAMINHOS DA VIDA_1982.

PREFÁCIO

Pelos Caminhos da Vida, é outra obra de José Alves da Cunha, escritor humilde, capaz de gesto altruístico, de coração aberto e bondoso, de pureza encantadora, incapaz de malícia, de ofensa, de agressão. Pois já sofreu muito. Já foi muito rejeitado. E Já foi muito marginalizado pelo os chamados intelectuais rançosos que se julgam donos da verdade e senhores do mundo, apenas porque escrevem alguns trabalhos e são apadrinhados por tais indivíduos influentes para editarem os seus livros.

Porém, vários trabalhos de José Alves da Cunha, foram engavetados por críticos apressados e, graças à alta compreensão de Aldo Costa, secretário de educação e cultura do estado do Amazonas, hoje nós podemos oferecer ao público mais está flor perfumada, este alerta de bondade, este verdadeiro S.O.S. da amizade, da autêntica compreensão e da aceitação do ser humano como ele é em sua inerente essência. Para explanar melhor do homem que expressa o amor.

Enquanto aos críticos apressados que demostram o quanto são insensíveis, vivendo no pretexto de cultores da literatura, mesmo sabendo que a arte desvinculada de pureza artística e sensibilidade não é arte e, a escrita sem qualquer messagem que seja, não passa de mero ensaio de beletrismo ou belas letras, se tornando estéril e sem qualquer dimensão humana e existencial.

Todavia o que eu posso dizer sobre José Alves: é que ele é um homem de rara beleza poética e sensibilidade, capaz de enternecer o leitor, e por isso mesmo, merece consideração e o nosso apoio, porque ele não visa e nem almeja a Academia de Letras e muito menos a imortalidade das letras, pois sequer pediu_me, alguma vez, para ingressar na União Brasileira de Escritores do Amazonas; onde certamente prestaria bons serviços. Mas não irei esperar que ele peça a mim, porque eu mesmo irei convidá_lo para ingressar na UBE.

Entrementes, quando ele consegue editar os seus livros, quase sempre de poesias, e por sugestão minha, agora é de crônicas e poesias, apressa_se em levá_los para os doentes nos hospitais e para os encarcerados e para toda gente humilde dos bairros periféricos. E assim ele leva estes exemplares para as pessoas que não tem condições de adquirir os livros para lerem. Porque na minha concepção o escritor que não tem leitores é como político que não tem votos.

Ora, entretanto, estamos cansados de vermos esses tais escritores que tendo conseguindo financiamento para as suas obras, esconde_as em prateleiras, de tal forma egoísta e orgulhosa, em que eles percorrem certas repartições públicas para leiloá_los a fim de serem enfurnadas entre muitas gavetas empoeiradas e depois com orgulho propagarem que a edição do seu livro esgotou_se. Mas nisso existe um pequeno detalhe: ninguém ler esses autores. Enfim, para mim, essas pessoas não são escritores, são sim, vendedores de obras não lidas. E está é a verdade dos fatos, e o resto é infantilidade de quem não atingiu a idade da razão.

Agora com este Escritor e Poeta José Alves da Cunha, nada disso acontece, porque as suas obras são realmente lidas e relidas. E a escola 🏫 de escritores a UBE, sente_se muito satisfeita por mais este patrocínio.

Manaus, junho de 1982.

Professor Jayme Pereira

JOSÉ ALVES DA CUNHA & PROFESSOR JAYME PEREIRA.
Enviado por Déboro Melo em 05/09/2022
Reeditado em 29/03/2023
Código do texto: T7598798
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