A CURA

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Leonardo Daniel

A CURA

Lulu Santos

Existirá

Em todo porto tremulará

A velha bandeira da vida

Acenderá

Todo farol iluminará

Uma ponta de esperança

E se virá

Será quando menos se esperar

Da onde ninguém imagina

Demolirá

Toda certeza vã, não sobrará

Pedra sobre pedra

Enquanto isso, não nos custa insistir

Na questão do desejo, não deixar se extinguir

Desafiando de vez a noção

Na qual se crê que o inferno é aqui

Existirá

E toda raça, então, experimentará

Para todo mal, a cura

Existirá

Em todo porto se hasteará

A velha bandeira da vida

Acenderá

Todo farol iluminará

Uma ponta de esperança

E se virá

Será quando menos se esperar

Da onde ninguém imagina

Demolirá

Toda certeza vã, não sobrará

Pedra sobre pedra

Enquanto isso, não nos custa insistir

Na questão do desejo, não deixar se extinguir

Desafiando de vez a noção

Na qual se crê que o inferno é aqui

Existirá

E toda raça, então, experimentará

Para todo mal, a cura

Enquanto isso, não nos custa insistir

Na questão do desejo, não deixar se extinguir

Desafiando de vez a noção

Na qual se crê que o inferno é aqui

Existirá

E toda raça, então, experimentará

Para todo mal, a cura

Análise Pessoal:

Em “A Cura” temos uma exegese na qual existirá a cura para todos e de todos, inclusive a cura do medo do mal. E assim, em todo porto tremulará a mesma bandeira da vida (do bem e do mal) ela, a mesma velha bandeira; da vida irá acender a esperança. A esperança de que todo farol terá luz própria (tanto o bem quanto o mal).

Uma ponta de esperança...

A esperança é tudo que precisamos. A cura quando virá: “será quando menos se esperar”. E virá de onde menos se espera, ou seja do mal que está à margem. E assim irá demolir a convicção sobre o próprio mal. Toda certeza será vã, e, “não sobrará pedra sobre pedra”. Enquanto isso tudo não acontece podemos insistir no desejo, desejo sem culpa, e assim não se deixa extinguir o mesmo desejo. Porque o inferno não é aqui:

Existirá

E toda raça, então, experimentará

Para todo mal, a cura

É o fim da luta entre o bem e o mal da forma como os conhecemos. Todo mal e a cura... o fim de chamar o mal de mal, e o bem da mesma forma. Desafiando mais uma vez a noção de que o inferno é aqui.

À guisa de conclusão:

A cura não é para poucos. A cura é para todos, pois todos precisam de cura. “E toda raça, então, experimentará/Para todo mal, a cura”. Esta é mais uma forma de relativizar o bem e o mal, pois considerar o mal como doença é também um olhar doentio. Pois ele não teve escolha, e aceitou as máscaras. Aceitou apenas. Porque sabia que: “A velha bandeira da vida/Acenderá”.

www.poetaleodaniel.com

Leonardo Daniel

18/07/2023