Fortuna crítica do Poeta Cláudio Carvalho Fernandes em publicações de 2007 a 2010                     

 

 

Conjunto de poemas publicados pelo poeta Cláudio Carvalho Fernandes na internet(e), em vários “sites” de literatura, durante o período de 2007 a 2010

 

Além dos poemas colhidos de "site"s em que foram publicados, a obra também apresenta alguns inéditos na versão impressa.

 

Para demonstrar uma “maior pressão da realidade social sobre a realidade literária”, o poeta canta as desigualdades em versos desiguais, como se ampliasse seu canto para ser mais ouvido, querendo atingir os ouvidos da intelectualidade e os do povo, com a escrita simples e o poema de elaboração formal.

 

 

 

Fortuna crítica do Poeta Cláudio Carvalho Fernandes no “site” Usina das Palavras (2007 a 2010)

 

Concretismo é, por assim dizer, a prova de fogo para o poeta. Unir forma e conteúdo com tons nitidamente artísticos é pra poucos e você é um desses escolhidos. Parabéns.

 

Paulo de Arruda Mendonça

 

Especial é o adjetivo que melhor qualifica um trabalho tão original e densamente humano. Parabéns.

 

Luiz

 

... se trata, pelo menos até onde posso compreender, de um belo trabalho poético.

 

Arlindo Almeida

 

Parabéns pelo talento e pela rara percepção. Belíssimo trabalho. Uma junção de técnica e arte. Congratulações.

 

Fabiano Gouveia

 

Jóia, de fato, é o seu belo trabalho.

 

Lilian Jorge

 

Adoro a densidade das suas poesias. Beijo

 

LuciAne

 

“O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia lingüística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho”.

 

A poesia pode transitar, sim, entre os pólos do apelo à palavra original e o apego à realidade humana. A poesia, como Gullar afirma em “Cultura Posta em Questão”, pode ser engajada e ainda assim “abrir perspectivas novas para a criação poética” Nessa perspectiva se tenta mover o poético de Paisagem, como conjunto de poemas em que se inserem as angústias existenciais humanas de uma época e ao mesmo tempo como construção lingüística dessas angústias, embora tal construção não denote tanto rigor.

 

 

 

Oh! Bendito o que semeia

Livros... livros à mão cheia...

E manda o povo pensar!

O livro caindo n'alma

É germe — que faz a palma,

É chuva — que faz o mar

 

Castro Alves

 

Viver a sua época é, para o poeta, comportar sua ânsia de criar a vida em versos, de construir o medo, a perseguição, as diferenças sociais, a morte e a luta por mudanças em palavras. Um retorno às origens, no que tange ao motivo do trabalho literário, criando poemas com vocabulário simples, para a compreensão geral.

 

 

“O poeta está dizendo que não pode passar imune a essa realidade e que precisa não só compor a poesia da e para a elite na sua perseguição à inovação e renovação intelectual, mas também dizer do homem comum em linguagem comum, o sofrimento comum para comover e conquistar. É o poeta buscando comunicação fora de seu espaço característico e para isso precisa adequar sua palavra... O poeta quer contribuir para a construção de nova vida e de nova poesia, por isso [simplicidade] e poema se fundem e na terra fértil da vida se forja uma nova espiga. Sua poesia se quer menos canto e mais semeadura”.