Falando Sobre a Fenomenologia de Husserl

Falando Sobre a Fenomenologia de Husserl

Interpretado pelo Professor Ricardo Davis

do texto de João Ribeiro Jr.

Para falar de fenomenologia, antes devemos entender sobre o que vem a ser objeto, já que ele é a coisa em se, ou seja, é o que se faz presente a consciência. A partir do ato que define algo que se percebe, se entende como sendo idéia de objeto que se vê. Em suas formas lhe podem ser classificados de real da existência física, imaginário como ficção e definição como ideal. Por tanto, o objeto é o que se percebe na realidade discutida, que pela observação se espera definição em seu significado.

Dizendo sobre o objeto, agora, passo a definição de fenômeno.

O objeto que se percebe, projeta seus aspectos a consciência que imediatamente procura lhe definir. O aparente do objeto observado atado ao que se apresenta em sua aparência é por tanto o fenômeno. É importante dizer, que a aparência da qual se discute não pode ser do que se mostra a ilusão, do que se tem da imagem do objeto. Já que se entende como o oposto a realidade, porém, necessariamente não dispensando os dados presentes a mente, ainda que, por comparação, mas nunca como idênticos em si.

Então! Fenômeno não é o que aparece pela força das impressões, mas a realidade que se manifesta da coisa. Sendo a própria coisa em si, não só do que se pensa, mas do que se apresenta sem necessidade de falseá-la por construção de hipóteses sobre a relação ligada ao fenômeno ou ligada ao eu, como dizia Husserl em Investigações Lógicas, afirmando por tanto, que a fenomenologia é “uma zona neutra de investigação”, a partir de cada ciência.

A preocupação da fenomenologia está na investigação da “pura universalidade essencial, das vivencias apreensíveis e analisáveis na instituição, mas nunca das vivencias de homens e animais apercebidos empiricamente como fatos reais”. Então, ela é a direção de nosso olhar que se volta para as realidades experimentadas a fim de se entender o caráter de como é experimentada. Husserl acreditava que, a força indicadora a certeza sobre a essência das coisas está no intelecto pelo que percebe do objeto investigado.

A sua metodologia, leva ao conhecimento das essências por meio das evidencias, fazendo da investigação a tomada do objeto como sendo fatos individuais, reais ou possíveis. Supõe-se com isso que a idéia da essência do observável seja imediatamente de origem na intuição, pela visão que se tem do algo que se mostra individualmente existente, da apresentação imediata do que se revela de concreto sem a interferência de conhecimento de outras investigações.

Então, a Fenomenologia não se orienta, ou se guia pelos fatos externos ou internos a realidade que se observa o objeto, mas a própria realidade da consciência, aos objetos enquanto intencionados pela e na consciência. É a partir do que se manifesta na consciência que se diz do objeto.

No pensamento de Husserl também encontramos a idéia de que a Fenomenologia é o estudo do Ser enquanto estruturado com sentido diferente, conforme seja visado pela consciência. A cada região que se encontra o objeto é estabelecido a essência ou significado dele. Sendo assim, ao considerar a ontologia uma ciência das essências, ele divide-a em formal, aquela que convêm a todas as outras essências e material, aquela que em sua estrutura tem suas características ônticas próprias. Por isso, as essências configuram campos de objetividades que não podem ser extrapoladas.

Interpretado pelo Professor Ricardo Davis do texto de João Ribeiro Jr.

FONTE BIOGRAFICA

JUNIOR, João Ribeiro – Fenomenologia – Pancast Editorial – São Paulo, SP – 1991.

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