O Ser e o Nada

O ser e o Nada

Ao tratarmos do Ser e o Nada, nos defrontamos com o grande questionamento que se diz de onde vieram as coisas! Por mais que se apresentem respostas, ainda repousa muitas duvidas sobre o assunto a mente humana, por se tratar de indicações de verdades que são a partir do conteúdo de sua identidade doutrinária do ponto de pesquisa do que a fazem em seus grupos de trabalho. Mesmo nestes grupos não existe uma idéia coesa em suas certezas, na forma que propõem ao que de fato tenha acontecido: seja do que tenha provocado o seu aparecimento, ou de como ocorreu, ou mesmo do que se espera do ocorrido em seu resultado final. As religiões ou a ciência em suas áreas de atuação, passeiam em suas divergências de idéias quando da apresentação do que de fato significou o Ser em sua formação, propósito e extensão. Há muita incerteza, muito ainda do se aprender do que significa o Ser e o Nada, bem como ao que se fez, e qual a verdadeira causa de seu aparecimento. Estive lendo o dito de Jean-Paul Sartre, no seu livro O Ser e Nada, e fiz uma interpretação que quero discorrer dizendo que o Nada requer um Ser para que possa existir que venha “nadificar” o próprio Nada em sua semelhança idêntica. Acontecendo assim, como tal, só poderia fazer existir o Nada e trazer evolução ao próprio Nada. Então, eu pensei junto com o filosofo Sartre e entendi que se fosse assim, esse Nada seria gerador do Nada antes do Ser. Mas, se o Ser viesse do Nada, tendo potencialidade a ação criadora das possibilidades, e com isso viesse a atitude de fazer o Ser aparecer, ele seria o Ser-Nada que possibilitaria a existência do Ser-Tudo em contraposto ao Nada que está impossibilitado de fazer algo diferente do que é, o Nada e não de fato o diferentemente do que seja, o Ser como sendo o que é em si, de existente real. O Nada como elemento “nadificado”, não É, e não poderia Ser antes do Ser. Por tanto, o Nada não É. As Sagradas Escrituras, intitulada de Bíblia Sagrada, em seu primeiro livro, Genesis, capítulo 01, diz que “No principio criou Deus os céus e a terra”. A ciência através de alguns dos seus pesquisadores diz ter sido o mundo criado em um momento zero, aonde em um espaço de tempo imperceptível tudo veio a existir promovido por uma força desconhecida. Voltando aos textos da Bíblia, encontramos em outro dos seus livros, Hebreus capítulo 11, versículo 03, o dito que “... entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”. Percebam que o texto não diz que as coisas foram criadas do Nada, mas de coisas que não eram “aparentes”, ou seja, as coisas que podemos ver não veio existir pelo que vemos. O Ser como Ser de potencialidade é a causa das coisas que São, e as que não São não podem Ser sem Ele. O Ser que possibilita a existência do que É, indica também o que não É, e passa a delinear o espaço ocupado pelas coisas como Ser e a vagância do que não foi ocupado, tal como o Nada. Observem o que a Bíblia diz em seu registro no livro de Êxodo capítulo 03, versículo 14, quando se refere a resposta de Deus a Moisés que deveria apresentá-lo ao povo Judeu que sofria a opressão do Faraó do Egito: “... Eu Sou o que Sou...”. O texto indica que não existe possibilidade alguma a uma explicação de sua forma fora Dele, e que Ele como sendo o Ser em Si, não precisa de apresentação formal, mas que os seus observadores o observem como o Ser Absoluto que É pelo que É sem variação em seu modo de existir. Concordo que a coisa não é tão simples de se aceitar, havendo a necessidade de se saber mais sobre as verdades que dizem de onde viemos, do que somos e para onde iremos. Mas, se a matéria não existia é certo que precisou de algo fora dela, como se fosse de outra dimensão. Algo fora do seu espaço tempo para fazê-la existir. A ciência chama de grande explosão, ou auto-existência continua. A religião, porém, no seu alcance teológico promovido pela fé, chama esta causa de Deus, o Auto-Causavel como diz Berkhof. Um dos grandes valores nesta discussão é que acreditamos que o Ser É e não se confunde com o que não É. Concluo dizendo que definir sobre o Ser como existência geradora é saber do Nada como se possa dizer, sendo apenas a vagância das coisas. E que nossas crenças, sejam religiosas ou cientificas, não devem inibir o desejo por mais e mais verdades sobre o Ser e a continuidade da Vida. Finalmente, faz-se necessário uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto, com fins a encontrar novos caminhos a descobertas do que se possa dizer sobre o tema proposto.

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