MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA SOCIAL

INTRODUÇÃO

Neste artigo aborda-se a importância dos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social no processo de apreensão do conhecimento. E, questiona-se a forma de como é aplicado a resolução de problemas relacionados aos métodos aqui citados como: o método cientifico, os métodos gerais das ciências sociais, os métodos específicos das ciências sociais e os quadros de referência. Para discutir a problemática nos baseamos no livro: Métodos e Técnicas de Pesquisa Social de Antonio Carlos Gil, 1989.

O paper explora as temáticas, método científico, os métodos gerais das ciências sociais, os métodos específicos das ciências sociais e os quadros de referência. Percebe-se que os Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, no que diz respeito ao método científico se diferenciam dos demais pela sua forma sistematizada, tendo como objetivo fundamental facilitar a compreensão do conhecimento em si para se chegar à veracidade dos fatos.

A ciência tem como objetivo fundamental chegar à veracidade dos fatos. Neste sentido não se distingue de outras formas de conhecimento. O que toma, porém, o conhecimento científico distinto dos demais é que tem como característica fundamental a sua verificabilidade. (Antônio Carlos Gil 1989 Pág. 27).

O método cientifico, sem dúvida será o principal meio para que se chegue a determinado fim, sua importância e objetividade está justamente no conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos utilizados para se chegar ao conhecimento, haja vista, que muitos pensadores do passado aspiraram em definir um método universal aplicável a todos os ramos do conhecimento, porém, pela diversidade de métodos existentes, os cientistas e filósofos da ciência preferem falar que os métodos são determinados pelo tipo de objeto a investigar e pela classe de preposições a descobrir. Compreende-se que partindo desse conceito para se chegar ao conhecimento imparcial, aceito em qualquer lugar, a metodologia e os procedimentos deveriam ser universais, porém, como cada área do conhecimento se diferencia e tem suas sistemáticas especificas a conclusão será uma diversidade de métodos. Dessa maneira, evidentemente percebe-se a importância de fragmentar os métodos em gerais e específicos.

Considerando-se esse grande numero de métodos científicos, surge o interesse em classifica-los. Vários sistemas de classificação podem ser apresentados. O aqui adotado divide os métodos em gerais e específicos. Os primeiros são os que proporcionam a base lógica para a investigação. São essencialmente os métodos de raciocínio. Os últimos são os que indicam os procedimentos técnicos a serem adotados na investigação científica. (Antônio Carlos Gil 1989 Pág. 27/28).

Dentro da funcionalidade que sustenta a veracidade dos fatos, os métodos gerais procuram garantir a objetividade ao mesmo tempo em que estabelece o rompimento dos objetos científicos com os do senso comum. E subdivide-se em três, os mais adotados pelas ciências humanas são: o hipotético-dedutivo, o dialético e o fenomenológico.

O método hipotético-dedutivo consiste na construção de hipóteses que devem ser submetidas a testes, os mais diversos possíveis para verificar se as mesmas persistem como válidas resistindo às tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas se dividindo em dedução e indução. O método dialético envolve muito mais aspectos do que se supõe. Não se prendendo ao conhecimento rígido, se embasando de que tudo se transforma, tudo muda, e por isso deve ser estudado todos os aspectos do objeto, para conhecê-lo em todas suas relações e conexões.

Destes princípios deriva uma conclusão metodológica: para conhecer realmente um objeto é preciso estudá-lo em todos seus aspectos, em todas suas relações e conexões. Fica claro também que a dialética é contrária a todo conhecimento rígido. Tudo é visto em constante mudança: sempre há algo que nasce e desenvolve e algo que se desagrega e se transforma. (Antônio Carlos Gil 1989 Pág. 32).

O método fenomenológico que teve como um dos seus principais propagadores Edmund Husserl, se define como uma volta às coisas mesmas, isto é, aos fenômenos, aquilo que aparece à consciência, que se dá como objeto intencional. Esse método não é dedutivo nem empírico, nota-se que o mesmo consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer o que é dado, diferente dos outros métodos, ele também implica uma mudança radical em relação a investigação cientifica, sendo assim, o método fenomenológico não vem sendo muito empregado na pesquisa social, haja vista que possa ser uma postura enriquecedora para o pesquisador que o adere.

Os métodos específicos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para garantir a objetividade e a precisão nos estudos dos fatos sociais. Com frequência dois ou mais métodos são combinados. Isto porque por que os métodos específicos de que dispõem as ciências sociais e nem sempre são suficientes para orientar todos os procedimentos a serem desenvolvidos ao longo da investigação. Subdivide-se em método experimental, método observacional, método comparativo, método estatístico e método clínico.

As teorias e os quadros de referência, as teorias em si tem um grau elevado de importância no processo de investigação em ciências sociais, pois, as mesmas proporcionam a adequada definição de conceitos, bem como o esclarecimento de sistemas conceituais, facilitando o desenvolvimento e fundamentação do objeto de estudo, sendo ao mesmo tempo instrumento essencial para a compreensão do conhecimento.

REFERÊNCIAS

GIL, Antonio Carlos. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA SOCIAL. São Paulo, Editora Atlas S.A. 1989.

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 19/11/2012
Código do texto: T3994554
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