P O R T A B I L I D A D E

Publicado em Opinião do Diário de Pernambuco

20.02.2013

Houve um grande avanço nos direitos do cidadão com a lei da portabilidade.

De fato, hoje, podemos transpor de certa forma obstáculos, que há algum tempo era impossível de se conseguir.

Mesmo com essa legislação, a qualidade dos serviços de telefonia, em particular, a móvel, não corresponde ao tanto que pagamos para tal.

A freqüência das interrupções das ligações, a ausência de linha, as infernais gravações que temos que ouvir, entre outros absurdos, são uma verdadeira tormenta para os usuários em todo o Brasil.

A portabilidade é uma excelente opção para migrarmos para outras prestadoras. Mas, o povo ainda continua com um sério dilema: migrar para qual se todas nos prestam um péssimo serviço?

A Anatel ultimamente tem autuado praticamente todas elas e impedindo que aumentem a oferta de serviços e a comercialização dos mesmos.

Mas, só isso não basta. Mesmo com elevadas multas, nenhuma delas consegue ter a simpatia dos clientes que não ousam indicá-las para novos contratos.

Essa má qualidade dos serviços oferecidos prende-se a falta de investimento compatível com o número de linhas comercializadas.

Com uma demanda extremamente dinâmica que se soma às inúmeras ofertas, já que, todas elas sem exceção, venderam além de suas capacidades técnicas, resultou tudo isso num travamento total no sistema.

Se outrora o celular era objeto de puro requinte para quem o possuía, nos dias de hoje, é uma ferramenta essencial para todo cidadão. Facilita sobremaneira a vida de todos e otimiza as nossas atividades do cotidiano.

Enfim, se temos progresso onde a quantidade de celulares ultrapassa a população brasileira, por outro lado, esse avanço não se deu em qualidade na mesma proporção, para que pudéssemos ter um serviço no mínimo razoável.

Cabe ao governo através dos seus órgãos reguladores corrigir esses entraves, onde o prejuízo recai como sempre no povo que paga, e não é bem servido.