Busca por vida em outro planeta

Em 03 de julho deste ano, a China terminou a construção do FAST, maior radiotelescópio do mundo com 500 metros de diâmetro e 4450 painéis solares. A fascinante obra se encontra em um vale cercado de montanhas na província de Guizhou e custou a bagatela de US$ 180 milhões.

A sigla inglês FAST significa Five-hundred meter Aperture Spherical Telescope (em português Telescópio Esférico com 500 metros de abertura). O maior radiotelescópio até então fica em Arecibo, em Puerto Rico, com 305 metros de abertura. Como todo radiotelescópio é necessário que esteja em uma área isolada para evitar contaminação com outras fontes de rádio e com poucas nuvens para se vasculhar o céu.

O objetivo deste radiotelescópio é monitorar um milhão de estrelas e planetas e detectar sinais de rádio, potenciais indícios de vida extraterrestre. A China acredita que com a alta precisão os astrônomos terão maior possibilidade de estudar a via láctea e outras galáxias a milhões de anos-luz de distância.

Em julho de 2015, a NASA – Agência Espacial americana anunciou a descoberta do planeta Klepler 452-B distante 1400 anos-luz da Terra e que orbita a estrela Klepler 452 semelhante ao nosso Sol a 385 dias terrestres, uma Super-Terra, propensa a ter uma atmosfera e água em estado líquido. Até o momento cerca de 3000 planetas foram descobertos, sendo a maioria gigantes gasosos quentes, pois planetas com massa similar a da terra é difícil a detecção. A esperança é que com radiotelescópios mais potentes sejam possível detectar planetas como a Terra, com atmosfera e aminoácidos, que podem indicar a existência de vida.

Ainda é cedo para termos radiotelescópios capazes de detectar planetas além de 100 mil anos luz de distância, sendo que os astros mais distantes são os pulsares (pequenas estrelas de nêutrons muito pequenas) distantes cerca de 13 bilhões de anos-luz. A nossa galáxia tem um diâmetro de 100 mil anos-luz e está rodeada de várias galáxias pequenas. Dificilmente teremos radiotelescópios capazes de detectar um planeta em outra galáxia. Os astrônomos estimam a existência de 400 bilhões de galáxias. A idade do universo calculada em 13,9, também tende a aumentar a medida que novas ondas gravitacionais são detectadas.

Os astrônomos calculam que a maioria das estrelas têm planetas, mas nem toda estrela pode ter um planeta rochoso como a Terra. Uma estrela para ter planetas rochosos precisa ser parecida com o nosso Sol e ter passado por várias gerações para gerar elementos pesados. As anãs vermelhas são as mais abundantes na via láctea, mas por terem menos luz que o nosso Sol é improvável que mantenha um planeta propício à vida. Estrelas muito grande ainda não geraram elementos pesados e são muito radioativas. Estrelas como o Sol, de 3 geração são raridade na via láctea; e planetas como Terra são recentes e só se tornaram habitáveis há um bilhão de anos .

Agora se uma civilização extraterrestre desenvolveu a tecnologia de ondas de rádio há 100 milhões de anos e está distante 120 milhões de anos, daqui há 20 milhões de anos vamos receber o sinal; mas se uma civilização que esteja a 1 bilhão de anos-luz de distância desenvolveu tal tecnologia há um bilhão de anos então recebemos o sinal. Pelo visto não existe nenhum planeta com civilização antiga no universo com tecnologia de ondas de rádio. Se existe um planeta com tecnologia de ondas de rádio é recente e está a mais de 100 anos-luz de distância, que é a idade dos nossos radiotelescópios. A verdade é que com a tecnologia de ondas de rádio nunca iremos desvendar o universo devido a sua grande extensão. Creio que o desenvolvimento da teoria das cordas com base na teoria da relatividade e mecânica quântica seja o caminho para a comunicação instantânea em todo o universo.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 05/07/2016
Reeditado em 18/07/2016
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