PORQUÊ DEFENDI FERROVIAS E MULTIMODAIS!?

A Partir dos anos 80 até 2005 defendi, junto com Ferroviários da CNMF e Alguns engenheiros Ferroviários da AECB e FAEF um sistema de transporte ferroviário e multimodal para o Brasil alavancar o seu desenvolvimento.

Eu e muitos que estavam comigo nesta luta, não estavam brincando ou no oba oba, nós sabíamos que o sucateamento da RFFSA e a Privatização não tinham objetivos sérios ou uma visão de desenvolvimento do país, estava em curso interesses econômicos de Alguns grupos econômicos privados nacionais e estrangeiros e de seus lobistas - políticos de luxo.

Nós, estávamos vivendo os efeitos do estrago e percebendo a Grande mentira, ao mesmo tempo assistimos o investimento da China, Europa e Estados Unidos em suas ferrovias e multimodais, Na verdade a China foi a que mais investiu e trabalhou nessa direção, tanto é que hoje tem , TALVEZ A MAIOR E MAIS avançada Ferrovia e multimodais do Planeta e superou sua economia rural virando a SEGUNDA POTÊNCIA ECONOMICA do planeta.

Éramos duramente combatidos pela elite econômica e política do Brasil, por lutar contra a destruição das Ferrovias brasileiras, eu cheguei a propor publicamente autogestão da ferrovia junto com um grupo de Ferroviários e sonhamos em estabelecer convênio com Japão, China, França ou Estados Unidos através de uma concessão a um Sistema de Cooperativa dos ferroviários do Brasil que ficariam com 53 % do controle e gestão e poderia conseguir investimentos e parcerias sem perder o controle do sistema e construir parcerias internacionais e até nacionais para reerguer as Ferrovias. Era a chamada Auto gestão do sistema e o início de um Grande debate nacional para construir em parceria com o Ministério do Transportes uma gestão avançada Aproveitando Nossos engenheiros e pesquisadores Ferroviários e gestores Ferroviários que tinham compromisso com uma visão clara de ferrovias, multimodais e desenvolvimento de fato.

Fomos motivo de piada e desprezo por parte do governo e seus aliados, hoje novos ricos. Que não sofrem, óbvio os efeitos dessa crise construída.

Pouco tempo como Deputado Federal, ainda tentei junto com Alguns parceiros tentar reacender está chama de Projeto, mas é óbvio, passei a sofrer represálias e até isolamento político que comprou até ex companheiros e nos isolou. Aí chega àquele momento em que , somos obrigados a parar a Guerra e tentar, ao menos ficar vivo.

O resultado desta " Guerra de idéias" e projetos perdida é essa crise e Ferrovias devastadas no Brasil. A ideia do governo da época prevaleceu.

Nós!? Bem nós fomos demitidos, perseguidos e hoje aquela ferrovia desapareceu...

Muitos pesquisadores, técnicos e engenheiros da área Ferroviária vendo a tragédia nacional nessa área, para sobreviver saíram do Brasil e hoje trabalham em outros países e continentes, as vezes, alguns deles MANDAM fotos e até mensagens pela internet... Como dizem... É a vida...

O início desta luta teve inicio com apoio de figuras históricas do sindicalismo Ferroviário Nacional BATISTINHA DA LEOPOLDINA e RAPHAEL MARTINELLI de SÃO PAULO. Batistinha foi COVARDEMENTE assassinado.

Obs: CNMF : Foi o histórico Comando Nacional Metrô ferroviário ( Sindicatos combativos que defendiam os interesses nacionais e anti-nazistas)

AECB : Eram os Engenheiros Ferroviários da Central do Brasil. Estavam juntos com os Sindicatos combativos da RFFSA e Metroviários.

FAEF : Federação da Associação dos Engenheiros Ferroviários do Brasil. Grupo de engenheiros que estavam junto com os ferroviários combativos em Defesa de um Projeto Nacional de Transportes no Brasil.

Manoel Vitorio
Enviado por Manoel Vitorio em 21/04/2023
Reeditado em 21/04/2023
Código do texto: T7769172
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