PPC: a saga do lixo (publicado originalmente em 6/11/2021)

Terminei a coluna da semana passada dando exemplos de filmes, músicas e desenhos cancelados pela PPC, Patrulha do Politicamente Correto. Hoje explico como se dá isso e a origem. Sim, há método elaborado com narrativas impostas pela turma cheia de ódio nas veias.

Começa com o marxismo cultural, que tem a ver com revolução cultural chinesa, envolve a Escola de Frankfurt e 2 ideólogos: Antonio Gramsci (Itália) e George Lukacs (Hungria). Eles concluíram que trabalhadores europeus jamais teriam identidade de classe se não se libertassem da cultura europeia, particularmente do cristianismo. Esta era a razão da falha da expansão comunista-marxista no Velho Continente.

A Escola de Frankfurt definiu a repulsa de tudo que existe - você pode pegar qualquer coisa: família, escola, igrejas, comércios. Com o detalhe: era direcionado aos outros, não a eles próprios. Exemplo: professores indicavam que crianças deveriam enfrentar os pais, xingá-los, desafiá-los - e mais - porque ter a família estruturada, com pai, mãe, 2 filhos? E filhos homens, porque tinham de ser homens?

Os pais deveriam vesti-lo de mulher, ora bolas, por causa da 'revolução de costumes'. Sei que soa exagerado, mas olhe em volta. Veja hoje. As famílias desses orientadores não eram atingidas. Tinham estrutura, eram até conservadores com rebentos. O problema era o outro. Tais medidas vieram ao Brasil. Paulo Freire foi uma das ferramentas que espalhou esse lixo.

Assistam aos documentários do Brasil Paralelo sobre isso. É bola de neve. Ninguém reclama, sobem sarrafo. O desejo de implantar essa 'ditadura' do que pode e o que não pode caminha a passos largos. Al Jonson de rosto pintado de preto em 'O Cantor de Jazz' seria viável hoje?

A black-face foi banida. E esquetes dos Trapalhões, Chico Anysio, Jô Soares? Repreenda quem disser ser isso 'humor ultrapassado'. Chico afirmava: 'Existem 2 tipos de humor: bom e ruim. Não há o terceiro'. À PPC, 'Ai que saudades da Amélia' é machista, 'Cabeleira do Zezé' e 'Maria Sapatão' são homofóbicas, como 'Festim Diabólico' (1948), de Hitchcock; 'Psicose' (1960) é transfóbico; expressões como 'denegrir', 'blusa tomara que caia', 'criado-mudo' devem ser extirpados por serem racistas, misóginas. Pelo amor de Deus!

Rodrigo Romero
Enviado por Rodrigo Romero em 23/11/2021
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