RECOMENDO A LEITURA DA REPORTAGEM DE CAPA DA REVISTA VEJA: TROPA DE ELITE 2
 
A reportagem de capa da revista Veja é sobre o filme Tropa de Elite 2, ilustrada com a foto do agora tenente-coronel Nascimento "O primeiro super-herói brasileiro". 
 
A reportagem é interessante porque mostra a repercussão do filme em todos os estratos sociais. O povo está enviando um recado: chega de medo, chega de terror, de falta de segurança, chega de corrupção, chega de pretensos protetores da sociedade. 
 
O tenente-coronel Nascimento é aplaudido por sua lisura, sua ética, por honrar a farda que veste. Nascimento abraça a sua missão de proteger a sociedade, de combater o medo constante na vida dos cidadãos. Nascimento ama tanto o que faz que, em seu exagero, deixa a vida pessoal em segundo plano.
 
O que mais me encantou nesse policial foi a coragem de enfrentar os seus superiores. Sim, da mesma forma como ele é duro com os traficantes ele o foi com os poderosos. Ele não faz acepção de pessoa. Ele não se vende, não se corrompe. Mesmo ficando ilhado, isolado em um ambiente  em que a corrupção ocupa todos os gabinetes, Nascimento se mantém intacto.
 
A reportagem aborda ainda algo interessante que nos leva a refletir. Nós que aplaudimos o modo implacável desse modelo de policial em que a ética fala mais alto, como agimos no nosso dia a dia? Será que nos pautamos também pela ética que exaltamos no tenente-coronel Nascimento?
 
Quantas vezes nos valemos da pirataria?
Quantas vezes cortamos uma fila?
Quantas vezes, em uma festa, em uma Igreja ou reunião usamos uma cadeira vazia para guardar o lugar de alguém enquanto outro fica em pé? 
Alguma vez convencemos um guarda de trânsito a não lavrar a multa?
Devolvemos o troco a mais que nos foi entregue por engano?
Pagamos sempre a quem devemos?
Somos justos com os nossos empregados?
Algumas vezes nos beneficiamos de algo indevidamente?
Quando deixamos de gostar de alguém somos honestos o suficiente para ainda assim reconhecer as suas qualidades?
Respeitamos a faixa de pedestre?
 
Precisamos fazer a nossa parte. Podemos ser heróis de nossas vidas. Devemos refletir sobre as nossas atitudes e, aos poucos - porque não é fácil - "preparar o caminho do Senhor, endireitar as suas veredas". Assim formaremos um batalhão de heróis de todos os dias.   
 
Texto escrito em 7 de novembro de 2010.