ADMINISTRAÇÃO TUPINIQUIM - EDUCAÇÃO BRASILEIRA - UMA VISÃO CONTEMPORÂNEA CA
[Administração Tupiniquim – educação brasileira – uma visão contemporânea].
Preocupante... – muito preocupante.
Nos dias do terceiro milênio quando o Brasil ascende à Comunidade dos Países Ricos, ao invés de se aprimorar o ensino, pretende-se, salvo melhor juízo, torna-lo mais decadente.
A titulo ilustrativo; lança-se mão, ainda que por empréstimo, de um episodio ocorrido em tempo não muito distante.
Conta-se que naquela oportunidade, uma moça chamada Zilá – graduada na cátedra de Administração de Empresas –, certa tarde, solicitara a ajuda do autor para a resolução de um problema.
Dizia o enunciado:
– Comprei um objeto por um valor qualquer, mais tarde vendi-o por (dois mil, cento e dez reais) além do preço de custo. Sabendo-se que os (dois mil cento e dez reais) equivale a cinco por cento de lucro. Qual fora o preço original do objeto?
Dissera a Zilá:
– Falta um termo!
O autor dissera:
– Não! Não falta termo algum...
Ato contínuo; traçara duas paralelas...
Perguntara...
– Qual é o total quando se refere à matemática?
A resposta obvia:
– Cem por cento!
Em seguida sobre a reta maior e onde estavam representados os cinco por cento, perguntara:
– Como adicionar noventa e cinco por cento que faltam aos dois mil, cento e dez reais?
A moça respondera:
– Multiplicando-se... – fora interrompida...
– Não!
– Soma e subtração, multiplicação e divisão são operações inversas; se a opção e acrescentar – soma-se – se reduzir-se – subtrai-se.
– Da mesma forma, se se opta por acrescentar – divide-se – se por retirar – multiplica-se.
Assim, depois de, literalmente, arguido, demonstrara – 2.110,00: 0,05 = 42.200,00 – 2.110,00 + 40.090,00 – a Zilá declarara:
– Estou desde as oito horas – já eram dezessete – e não resolvi o problema, e, em dois minutos, você encontra a solução!
A resposta:
– Você não entende o que lê.
Em sum; sem o emprego profundo da língua, tudo é vão.
Pois bem!
Como dissemos, até aqui, não passamos de mera ilustração...
O [Jornal Agora] trás à luz que, lamentavelmente, a Secretaria de Estado de Educação sugere a redução da carga horaria de português e de matemática, a partir do ano vindouro, no Ensino Médio da Rede Estadual.
Mau gosto...
Estaria reeditando medidas e princípios do Governo Militar quando, frugalmente, retirara o latim do currículo e fizera com que, hoje, mesmo os graduados em letras não dominem nem mesmo a própria língua, a língua mater?
Sugerem alguns dos literatos que o latim é uma língua morta.
Será?
O vernáculo romeno tem, em sua estrutura, pelo menos oitenta por cento do latim, há um país onde a língua oficial é o latim seguido de perto pelo italiano; palavras da língua portuguesa, tanto do Brasil quanto de Portugal como – quando, quase, grátis, gratuito, flagrante, gritante, para não se estender mais, é pronunciado sem qualquer alteração sonora e divergem, apenas, em alguns casos por uma letra, todas as formas do gerúndio nos verbos em português guardam semelhanças visíveis com a língua dos romanos; então; onde está a morte do latim?
Que me perdoe os literatos de plantão.
Veja-se...
Da faina de impropriedades; aplicam-se, erroneamente, conjunções, tais como: - no entanto – do latim atiqui –entretanto – do latim atque – a primeira das citadas usadas, segundo as regras da gramática latina que, evidentemente; é a mesma das chamadas línguas neolatinas, quando a palavra seguinte se inicia por uma vogal ou a letra (agá) muda, e, optando-se por trocar ou não de linha; a segunda, apenas, quando a vernácula seguinte se inicia por uma das consoantes, não sendo permitida a troca de linha, estabelecendo-se um paragrafo.
Por outro lado, fala-se ou escreve-se [obrigo o rapaz a ir comigo] ao invés de [obrigo ao rapaz a ir comigo] – o verbo é transitivo indireto – quem obriga, obriga a alguém e não o alguém!
Ademais, não se entende a diferença entre as preposições [de] e [com] onde a preposição [de] indica que algo é parte de algo, inseparável, como por exemplo; [pote de barro], [copo de vidro] e [com], separáveis, tais como – [pote com azeite], [copo com agua].
Não obstante, colocam-se no feminino as vernáculas que não o possui, tal como a palavra [menos] – menos agua e não menas agua, - quinhentos gramas, ao invés de quinhentas gramas.
Na matemática, mil divididos por zero é entendido fora dos padrões aceitáveis de raciocínio.
Se se entra com mil balas em um ambiente onde somente se encontra um individuo, entrega-lhe e ordenando-se a divisão; sai-se para deixa-lo à sós; como proceder a divisão?
Ora, se tudo na vida é uma dualidade – luz e trevas – certa e errada – bom e ruim; etc – aquilo que se pode realizar é possível e aquilo que não se pode, é impossível, logo; qualquer numero dividido por zero é impossível!
Questiona-se:... – a função é a de cegar, ainda mais, o entendimento? Tornar o brasileiro mais neófito?
Palpite infeliz o da Secretaria de Estado de Educação no que tange a redução da carga horaria de português e de matemática, do Ensino Médio da Rede Estadual.
Opinião louvável, entretanto, do Governador Geraldo Alckmin, contrária a aplicação da tal redução, afinal; dissera o ilustre escritor José Bento Monteiro Lobato:
– [Um país se faz com homens e livros!].
Portanto, ainda que o brasileiro não seja adepto dos bancos acadêmicos, não goste de estudar, ou, melhor, de ler que é mais importante do que estudar, não se aplique nos estudos, reduzir-se a carga horaria é, no mínimo, caótico, utópico e amoral.