Pare o mundo que eu quero descer

Campanha Publicitária Ridícula

Lembro-me ainda quando a única coisa que prendia min há atenção na Televisão eram os “reclames”. A maioria seriado, me encantava, como o comercial da Margarina Qualy, que nos fez acompanhar o crescimento de um garoto sardento que aprontava das suas, o pai e o filho, ambos lindos, do Café Mellyta, e o Guaraná Antárctica – morria de rir da menininha que vigiava o namoro da irmã tomando uma garrafa de 2 litros.

Em sua maioria os comerciais eram de um bom gosto incrível e nem sempre os propagandistas eram bonitos, mas eram todos divertidos. Posso assegurar que mantinham-me presa pela poesia que imprimiam.

Com o tempo os comerciais foram perdendo o sonho e tornaram-se um desfile de artistas – metade dos quais nem sei quem são já que não acompanho as produções brasileiras. Só que de ums dias para cá, tenho sido obrigada a assistir os programas jornalísticos e me peguei observando os comercias.

De todos, o mais descerebrizante é um de determinado cartão de Crédito – que não possuo, graças a Deus – o tal comercial é simplesmente estúpido e me admira que os usuários deste cartão não tenha reclamado. Na verdade o tal implica com o tema Amizade, em um dos comerciais, um jovem compra flores para mandar para a amada que passou tempo longe e ele escolhe uma coroa de defunto, ai a balconista observa, deixa claro que percebeu a gafe, mas sugere que ele pague com o tal cartão e o locutor diz que é bom termos amigos ou coisa assim. Se você não entendeu, eu explico, para a Empresa, amizade é incentivar o uso do cartão no lugar do dinheiro vivo, e não dar uma dica melhor de presente.

Para mim não existe atitude pior do que darmos valor aos verdadeiros sentimentos e este comercial fere minha sensibilidade simplesmente por pensar que outras pessoas podem passar a dar mais valor ao dinheiro plástico que a amizade.

Alguém pode me dizer que é só uma campanha publicitária, mas você já viu o homem de cabelo cor de abóbora que dá sequência a este comercial? Sim, ele tem um cabelo simplesmente ridículo e comprou quase um carrinho cheio de tintura da mesmíssima cor e no caixa, ao invés de indicar que ele fale com algum dos profissionais e peça ajuda na escolha da cor, a balconista também o aconselha a pagar com o tal dinheiro plástico!

Se não é uma campanha de gosto péssimo e que tenta desvalorizar a amizade, então pare o mundo, que eu quero descer, como diria Silvio Brito.

Bem, falei e disse, esperando ser ouvida e compreendida.

Elisabeth Lorena Alves
Enviado por Elisabeth Lorena Alves em 17/03/2012
Código do texto: T3560154
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