SOMBRAS DAS LEMBRANÇAS

Oito andares, arquitetura vertical, a queda livre que oblitera um começo de existência.

Na alma o inferno cinza-escuro, mescla que faz da vida isso que se vê por aí...

Ao longe os acordes de uma canção. Junto a mim uma lágrima provocada pelo inesperado, dado que a vida é essa avalanche de sonhos que já não são, de alegrias levadas pelo incessante movimento do calendário...

Na garganta o espaço é inadequado para conter a maquiada gargalhada, a autêntica dor que o tempo vai trazendo, asfixiada no silêncio da madrugada...

A cachoeira parida pela tragédia, os ponteiros do relógio esticam a angústia que procura uma saída.

No peito a certeza do absurdo, da caminhada conduzindo ao nada, nos olhos a umidade que machuca como punhal, no rosto a cor do sofrimento, na boca a vontade de gritar: ONDE ESTÁ A ESTRELA QUE PAROU DE BRILHAR??????????????

IRAQUE

Iraque
Enviado por Iraque em 08/08/2012
Código do texto: T3819250
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