SAMURAI - Desmembrando o código de honra

Mas quem foram os Samurais? Qual o seu surgimento? Qual a representação simbólica estaria arraigada nesse código?

Precisamos trazer à luz do conhecimento tais indagações e ousar decodificá-las.

No entanto, o tema é vastíssimo, por este motivo é necessário afunilar ao máximo os itens referentes ao assunto.

Pretendemos, dessa maneira, explanar sobre o CÓDIGO DE HONRA, sem ater na historicidade em demasia, muito menos, nas experiências Guerreiras.

Vamos em busca da conduta dos Samurais.

Nos intriga desmembrar tal Código por termos prévio conhecimento, os imigrantes, levam na bagagem, além dos objetos, carregam também seus costumes, além das ramificações culturais religiosas e políticas ideológicas.

Com o Japão não foi diferente, no Século V de nossa era, com a chegada dos chineses e coreanos na terra do sol nascente, os habitantes japoneses conheceram a escrita.

Esses povos, igualmente introduziram no arquipélago o KANJI o sistema de ideogramas, perpetuada como a escrita culta japonesa.

Além disso, eles, os novos residentes organizaram no Japão, variados clãs, cujo Chefe de cada uma delas era ao mesmo tempo militar, administrador e sacerdote. Mantinham-se unidos pelo culto aos antepassados.

O clã mais antigo era constituído pela Família Imperial.

E a instabilidade política dominava o País.

Para conter disputas entre facções de sacerdotes, os Imperadores apelavam para as ligas militares dos clãs. Chamados DAIMIÔS.

Com a chegada do Séc XII, eis que surge no domínio dos DAIMÔS, uma força revigorante.

São vassalos dedicados inteiramente à arte militar.

Um aparte, nesta força destemida, vamos aportar e atrever conduzir o leitor para uma leitura entusiasta.

Então, necessitamos esclarecer: Estes escravos, conhecidos como Samurais ou BUSHI deviam ao Senhor, fidelidade incondicional e compromisso vitalício com os mesmos. Além de serem defensores dos bens e tradições do clã a qual pertenciam.

E o Código de Honra?

São revelações das experiências vivenciadas pelos antigos mitos do Japão.

Por ser a linguagem, herança de uma dada sociedade, neste legado não houve diferenciação. Este Código era conduzido de geração à geração, intermediada pela oralidade. Numa constância Mestre X Discípulo.

Se a família pertencia à classe Samurai,os homens já nasciam carimbados como Guerreiros e deveriam aprender desde a tenra idade, seguir os preceitos do BUSHIDO, o dito Código de Honra.

Este Código há de ser vivenciado e sentido.

Independe da escrita porque são fundamentados na espiritualidade individual.

Por esta razão, o termo BUSHI não deve, nem pode ser designado a qualquer um.

Esta casta Guerreira se distingue das outras, pois trata a fidelidade e a honra como virtudes atemporal.

Nos ensinamentos contidos no BUSHIDO, a lealdade seria a virtude primordial, por este motivo, ao longo da vida, os Samurais deveriam seguir com rigor o Código de Conduta, até porque, nas regras enquadradas nesse Código, viver é estar preparado para morrer e saber morrer com honra, inclusive pelo seu Senhor.

Era ofertado ao BUSHI não dar sinais de sofrimento perante a morte.

Os mestres não apregoavam o suicídio, mas se a honra de um Samurai fosse manchada ou se alguma missão falhava pela culpa do próprio era-lhe reservado o direito de lavar tua vergonha e dos familiares cometendo o HARAKIRI ou SEPPUKU, o ritual suicida de empunhar a própria espada NIPPON –TO, cortando o ventre.

Álias, estes Discípulos eram exímios manejadores deste arsenal, para tanto, as espadas eram produzidas com requinte, seriam elas a incorporação do perigo e da beleza.

Este objeto de valor, carrega a batalha internalizada do Guerreiro, ela serve a dois propósitos: Externo X Interno.

O primeiro, corta diretamente aquilo que opõe à vontade daquele que há impunha, já o segundo, transpassa o ego deste, permitindo assim o despertar do princípio imaterial.

Por esta razão, a NIPPON -TO é designada como o Espírito do Código de Honra, por exprimir simbolicamente as qualidades morais do BUSHI.

Aos seguidores do Código de Honra tinham o poder de execução de pessoas de hierarquia inferior. Os Samurais eram temidos por dominarem a técnica, decepar cabeças e deixa-las seguras por um fio de pele.

A vida desses Homens requeria força de vontade. Eram instruídos para o treinamento das artes marciais, aos estudos poéticos filosóficos e dedicação as artes como forma de aperfeiçoamento. Estaria contido nesse viés o esmero dos artesões na construção individual da roupagem, juntamente com os adornos dos Guerreiros, em análise?

Provavelmente sim.

No interior do Código de Honra, há circunspecto uma série de princípios morais a ser observado pelo BUSHI.

Disponibilizamos ao leitor as 07 principais virtudes contidas no Código de Honra, ética e conduta seguidas pelos Samurais.

MAKOTO SINCERIDADE

MEIYO HONRA

CHUGI LEALDADE

YUU CORAGEM

JIN COMPAIXÃO

REI EDUCAÇÃO

GI JUSTIÇA

Mas, onde os Mestres dos Samurais foram buscar complacência, honra,devoção, glória, polidez, benevolência, auto controle e bravura heroica?

Explicamos, o Código de Honra se auto sustenta num um tripé.

São combinações influenciáveis do zen budismo, xintoísmo e do confucionismo.

Intermediado pelo zen budismo, os Guerreiros buscam entrar em concórdia com o EU interior e ao mundo ao derredor. Aliados à técnica meditativa, os Samurais desenvolvem a valorização das faculdades intuitivas, disciplinares. Desse modo, praticam o desapego, a criatividade, a emoção e repele a destemperança.

Os conceitos xintoísta forma no BUSHI, a identidade patriótica, reverência aos antepassados, ao Imperador ou ao seu Senhor.

Quanto às normas ditadas pelo Confucionismo, torna-se acessível reafirmar o dever filial, matrimonial, do mesmo modo, a obrigação fraternal.

Igualmente, fortalece e as relações entre a patente: Senhor X Servo. Proporcionando assim, a consciência da faculdade Guerreira, da competência para vencer fraquezas, temores e limitações.

Com a era do feudalismo japonês, o Código de Honra perdeu deverás força, no entanto, deixou arraigada na cultura nipônica, a lealdade, o orgulho, a palavra, o brio. Esses atos virtuosos são bem acolhidos até os nossos dias pela sociedade japonesa.

O mundo conheceu a força moral dos habitantes do arquipélago, ao se defrontarem com os ataques suicidas dos KAMIKAZES (Tufão) na Segunda Guerra Mundial.