Empédocles de Agrigento a Relação da Cosmologia Grega com a Filosofia.

Empédocles de Agrigento.

493-430 a.C.

Sua Filosofia foi uma tentativa de conciliação de várias tendências, imaginando que cada uma das correntes era detentora de parte das verdades.

Portanto, um homem eclético. Sua teoria favorecia em direção à formulação de um grande processo de síntese elaborada em sua época histórica.

O desenvolvimento do materialismo dos Jônios, o idealismo panteísta dos Eleatas e a dialética de Heráclito, o desejo era aproveitar as partes do pensamento de cada sistema que refletisse a verdade, epistemologicamente.

Para Empédocles havia uma lei imutável na natureza ligada ao mecanismo do desenvolvimento químico da mesma e da matéria.

As coisas não têm lógica nas suas origens por não estar nelas mesmas o fundamento da evolução, na perspectiva do entendimento tradicional, o que significa que existe uma procedência química na natureza de cada objeto analisado, caminho pelo qual se entende a evolução.

Nada existe em si. A vida, incluindo o homem, origina-se de outras espécies inferiores. Apenas os mais aptos sobrevivem à evolução, denominando-se melhor desenvolvido.

Princípio posteriormente herdado por Darwin, na formulação da sua teoria da Origem das Espécies, sua relação com o mundo químico procedente à natureza animal.

A Teoria da Evolução da forma pensada por Darwin não é verdadeiramente original por parte do grande naturalista, remonta a cosmologia grega.

A ideia de evolução por seleção natural vem exatamente da formulação de Empédocles: pensou pela primeira vez que o homem não fora criado pelos desígnios de Deus.

A partir de sua teoria epistemológica, as substâncias originais combinavam-se por misturas diversas de outros organismos químicos, nas trocas de qualidades na determinação da evolução das coisas complexas.

Para o filósofo existem dois fundamentos que se unem cosmicamente e se separam ao mesmo tempo: a realidade do ódio e do amor, tudo se constrói e se separa nessa perspectiva.

No entendimento de um mundo fundamentado por princípios idealistas, os filósofos eleatas acabaram justificando as estruturas sociais do seu tempo, do mesmo modo a forma de Estado, defendendo naturalmente as classes superiores.

Ao fazer a defesa que na natureza nada muda, diferentemente afirmava que no mundo social político também não haveria mudança, portanto, estabelecia relações políticas conservadoras.

A sociedade não muda, não pode mudar, tudo que fora definido no princípio está perfeitamente correto. Com efeito, a lógica das coisas será eterna, lógica explicativa dos eleatas.

Significa que o mundo está absolutamente pronto. É a vontade de Deus. Desse modo, na política também não pode sofrer alteração, o que não era totalmente aceito por Empédocles.

As concepções do referido e de outros filósofos de seu tempo não têm maiores considerações a respeito da mudança política, o que significa que as proposições de seu tempo não foram além das ideologias impregnadas no momento histórico.

Só com Heráclito, a Filosofia grega sofre suas estruturas de modificação. Com o desenvolvimento da sua doutrina, possibilitou uma nova ordem para compreender o mundo, pela historiografia do movimento, o que seria considerada dialética, a negação do princípio da identidade absoluta.

As forças da natureza e das relações sociais fundamentam-se na compreensão das contradições e, por meio delas, a superação das velhas condições. A sociedade visada em defesa de todos e não apenas os que detêm somente o poder econômico como também o político.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 09/06/2014
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