Contexto Histórico e Político do romantismo Inglês.

Contexto Histórico e Político do Romantismo Inglês.

O Romantismo inglês nasceu exatamente no período histórico entre os anos 1785 a 1830, continente europeu iniciando na Alemanha e, posteriormente, Inglaterra, passos históricos do movimento.

Período de grande contestação social, a Inglaterra, em particular, estava sendo profundamente influenciada pelas ideias da Revolução Francesa e, do mesmo modo, a Revolução Industrial.

Foi exatamente em tal contexto social e político que se desencadeou o cenário do Romantismo naquele país, possibilitando o nascimento de várias obras literárias, fundamentais ao desenvolvimento do Romantismo.

Naquele momento histórico, a Inglaterra, século XIX, pôde se afirmar, sem dúvida, como a maior economia política do mundo.

Forte, economicamente, do mesmo modo militar, tem a marinha bem estruturada de tal modo, com o capitalismo avançado e, consequentemente, o modelo produtivo, tendo domínio dos grandes mercados de consumo.

Com o maior parque industrial do mundo não só comercializava seus produtos como também era dono de territórios de diversos continentes.

Operários para trabalhar nas fábricas, com a Revolução Industrial, a nova Inglaterra com espírito liberal.

Pessoas que se originavam do campo, antes na miséria estavam agora dispostas ao trabalho em troca da sobrevivência.

O fenômeno da industrialização possibilitou a transferência da população do campo à cidade surgindo assim a sociedade urbanista.

Em 1800 foi realizado um grande censo. Somente 20% da população vivia nas cidades. Em 1851 as mesmas tinham mais de 50%. Tempo de grandes transformações.

Momento político liberal possibilitou a evolução econômica, favorecendo naturalmente a burguesia. Ajuda no aparecimento da classe trabalhadora com etimologia de proletariado.

Nesse contexto, nasce a classe urbana proletária e com a incorporação da figura feminina no mundo cultural e político, favorecendo o surgimento do

Romantismo inglês.

Naturalmente, com a origem do novo público o trabalhador se coloca ao lado dos ricos emergentes, aqueles que foram bem sucedidos em suas fábricas.

A Grã Bretanha, um grande país, não estava unida, diversos povos e contradições internas, regiões dominadas pelos ingleses.

Dos bretãos aos galeses, escoceses, povos que desejavam formar o país.

A dominação de diversos setores da economia, a reação ideológica do novo tempo histórico provocaram inspiração ao Romantismo.

O primeiro momento do Romantismo desenvolveu forte sentimento de nacionalismo.

Com características liberais, os artistas dirigem suas atenções para objetivar seus desejos.

No entanto, alheio ao mundo em redor e voltando para si, faz com que o Romantismo não só se caracterize pela defesa da liberdade e privilégio da emoção, como também pela atribuição de valores à experiência individual e à proposição da imaginação.

O idealismo, fundamento indispensável, repleto de mistérios, sátiras, defesa da própria morte, o destino é marcado pela infelicidade.

Belas mulheres, heroísmo e muito amor. A razão cartesiana fora sempre substituída pela emoção , ligada diretamente ao desejo da afetividade.

Os temas de direito ao sentimento, referem-se ao platonismo, ao amor, espírito de defesa nacional, a morte como perspectiva de saída diante das frustrações afetivas, os mistérios da vida cotidiana.

A ideologia de mundos imaginativos, o real e o criado, o amor sempre compreendido numa perspectiva difícil. A vida romântica completa de sofrimento, emocionalidade social, as rivalidades entre famílias na busca da mulher amada.

O amor representava muito sofrimento, no entanto, a grande razão da vida, a mulher, não tendo função social cumpria o papel de procriação, entendidas como divinas.

O amor, sinônimo de dor.

A mulher, motivo da felicidade. Quando recusava a aceitação do amor, a vida para o homem não tinha nenhum sentido, motivo de suicídio.

A Inglaterra era poderosa, economicamente, no entanto, o que proporcionava status era ter domínio da cultura francesa, conhecer o latim.

As meninas eram criadas para o casamento, serem fieis aos maridos não necessitando estudar, sem envolvimentos políticos, a mais absoluta dependência dos cônjuges.

Para os homens, as mulheres tinham função doméstica e reprodutiva. O domínio do homem era absoluto. A mulher com a obrigação da fidelidade, sendo que para o homem era permissível a vida paralela com amantes.

Portanto, há o estabelecimento de uma vida sínica e cruel, sobretudo, para a figura feminina, o que caracterizou o movimento em referência. Para os homens, as esposas praticamente existiam para a função de reprodução e zelo pelo lar.

Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/09/2014
Reeditado em 24/09/2014
Código do texto: T4973467
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