FILOSOFIANDO IDÉIAS-SEMANA DE ARTE MODERNA Roberta Lessa

REVOLUCIONAR:

1922 - 1922 - 1922 - 1922 - 1922 - 1922 - 1922

1922 - SEMANA DE ARTE MODERNA - 1922

1922 - 1922 - 1922 - 1922 - 1922 - 1922 - 1922

Todos deveríamos ter pelo menos uma semana de arte moderna por semana, sabe aquelas situações que rompe o que é cristalizado e perene em nosso cotidiano e que nos massacram a alma? Cuidado "pessoas" neste universo por mais que queiram, felizmente para nós, "nada é perene"; a não ser aquilo de real valor guardamos em nossa memória a(e)fetiva.

No Brasil, um grupo de pessoas investiram nesta chance de sair da mesmice e juntos com outros muitas vezes nem tanto anônimos que sequer constam nos anais da Semana de Arte Moderna de 1922; somaram e concretizaram a oportunidade de se (des)estabelecer uma estética diferenciada e comportamentos dissociados dos vigentes no país. Primeira quinzena de um fevereiro, de num ano ainda debutante no calendário, enfim foram-se noventa anos e muito ocorreu até chegar até nós resquícios de vozes dissonantes de uma sociedade abarcada pela modernidade e progresso tecnológico emergente. Entre anônimos e não tão anônimos foram Mários, Oswalds, Plínios, Tarsilas, Villa-Lobos, Tácitos, Anitas,Cavalcantis, Victores, Guilhermes que deram à arte vida própria, ativa e pulsante... mulheres, homens, conceitualizações estéticas inusitadas, reflexo do que acontecia lá fora, no além mares.

Pactuando com VIDOVIX : "Essa nova arte, apresentada de um modo autenticamente brasileiro, basicamente contestava tudo o que se conhecia até então: poesias declamadas (antes eram apenas escritas e lidas), noções de artes plásticas aplicadas na tela, concertos acompanhados de cantoria, e tantas outras inovações que, hoje em dia, se tornaram comuns." Um resumo? Escândalo: aos academicamente bancados e assentados em sua mesmice e concepções artística (claro também com seus valores estéticos a serem considerados)...

Eis que surge na Terra do Pau Brasil a Modernidade, necessária e agora desenfreada graças à ... aos artistas intrépidos que pululavam pelos conceitos até então considerados anti estético e por vezes imoral, isso é Divinal. Romperam-se o portais oportunizando novas experimentações artístico social, numa época que tudo era proibido: até ousar, foram desbravadores. E hoje muito de seus "herdeiros" degredam todo esse patrimônio com o que consideram arte, mas que torna-se apenas manifestações "egóicas"... alfinetadas à parte. Mas felizmente há sobreviventes resistentes dessa arte que revolucionou e isso causa um desconforto que conforta-me, e rio de prazer em ver determinados jovens dando continuidade com competência e irreverencia tão necessárias e presente nos "antigos modernistas".

O complicado disso tudo é que em nosso atual sistema social aceita-se tudo e quase nada se faz, e quando se faz, poucos tem acesso, pois promover o ignorar do indivíduo é mantê-lo sobre as rédeas de sua própria ignorância, om isso, deixa-o pensar ser revolucionário quando na verdade nada mais é que um instrumento de controle e medidas do poder vigente.

ÔPS... OUTRA ALFINETADA? NÃO PODIA? MAINHA... ME ACÓÓÓÓDE...

(Tadinha da mãe "Florzica", balançando as chinelas e "dona" Estephânia revirando-se no além túmulo: Que nada ela era das minhas... rs) .

A Semana de Arte Moderna concatenou no Brasil fora o reflexo daquilo que era mundial e com essa sintonia amplos e largos passos foram dados em função de uma nova arte, uma nova concepção de vida, um novo saber despertado e um Brasil com mais cara de Pau - Brasil. Hoje temos por compromisso despertar, ou melhor, dar continuidade no outro e em nós a "(...)força e energia que(...) CONSTRÓI(...) coisas belas(...)", re significando, contemporanizando a alma desse povo que muitas vezes nem se percebe cidadão, quiçá artistas em potencial.

Beijos a todas(os) artistas arteiros

LÁ VAI NOSSO TREM CAIPIRA PARA "VILLA LOBOS"

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 09/12/2014
Código do texto: T5063626
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