Hans Georg Gadamer: Método da Interpretação Hermenêutica.
1900-1002.
A História não nos pertence: Somos nós que pertencemos a ela.
Método Hermenêutico interpretativo das coisas.
Sua teoria filosófica esta ligada diretamente a hermenêutica, etimologia de origem grega, cuja tradução hermeneuo. Portanto, seu significado filosófico, a arte da interpretação.
Com efeito, o estudo como os seres humanos, interpreta o mundo, as coisas, os fenômenos em geral. Gadamer estudou Filosofia orientada por Martin Heidegger.
Defendia a seguinte tese, é do dever da Filosofia interpretar o mundo, compreender a natureza de tudo, fundamentar as Ciências em suas diversidades, compreender é antes de tudo o método da interpretação.
Como entender a nossa existência. A interpretação é o permanente esforço para o aprofundamento da compreensão do próprio entendimento.
Como refletir um poema, o desenvolvimento de uma análise literária. Por outro lado, a essência de um fato social ou uma Obra de Arte.
O ato de compreender não é fácil devido às diversidades das epistemológicas como fundamento dos métodos compreensivos.
As interpretações são entendidas como círculos hermenêuticos.
Abordagem filosófica formulada por Heidegger caminhava se em direção circular, o que posteriormente é explorada por Gadamer em sua lógica sistêmica a respeito do seu trabalho, Verdade e Método.
Entretanto, Gadamer vai além de Heidegger, desenvolvendo a ideia que a compreensão de qual coisa ou fato em análise resulta-se de uma perspectiva particular da História.
Preconceitos e crenças levam a entendimentos equivocados, não podemos interpretar pelas supertições, pois criam interpretações mistificadoras, no entanto, é praticamente impossível o abandono total.
Toda interpretação na História política do pensamento, resulta-se dos modelos históricos, a partir exatamente de um aspecto particular da mesma.
O que significa que tudo é produto do tempo, dos modelos culturais. Com efeito, não é possível a interpretação, o sujeito estando fora da História, porque a História é produto da cultura, dialeticamente compreensível.
Nesse sentido Gadamer entende que nenhuma interpretação é objetiva, queiramos ou não, não é possível pelo procedimento científico descartar totalmente o preconceito.
A memória humana subjetivamente não consegue libertar totalmente das predisposições impostas ou construídas por ela mesma. Todo forma de conhecimento parte de tal predisposição.
Motivo pelo qual a interpretação é sempre subjetiva depende essencialmente, não apenas do tempo histórico, modelo cultural, mas, sobretudo, do sujeito que desenvolve o mecanismo da análise.
Com efeito, o que vemos ou entendemos, depende das naturezas anteriores predeterminadas em nossas memórias, para as interpretações, sem as quais não compreendemos nada. O homem é sua cultura e história.
Gadamer entende o mecanismo da interpretação, como uma conversa com a História, modelos culturais, que determinam o modo de ser da vida.
O processo de compreensão do eu, a longa tradição em todos os aspectos, determinam normas, valores culturais, preconceitos e noções morais.
A interpretação, ou seja, o método hermenêutico não é puro, depende de todas essas codificações descritas. O dialogo é o melhor caminho, o que Gadamer denomina de fusão dos horizontes, por outras palavras perspectivas diversas.
O entendimento do mundo, em tal simbiose sintética, elaborada a partir dos modelos culturais complexos e diversos.
Com efeito, leva ao sujeito, a cada tempo histórico, desenvolver o nível mais profundo do conhecimento humano e das coisas, pela subjetividade no uso da hermenêutica da interpretação.
Edjar Dias de Vasconcelos.