Escola Reflexiva e a Nova Racionalidade, Ideias de Isabel Alarcão.

A grande pergunta formulada por Isabel Alarcão, o motivo de a escola ser hoje inadequada às demandas da sociedade. A resposta é simples diante mudanças sociais, a escola também precisa mudar, porque a sociedade sofreu mudanças. É necessária certa pedagogia dinâmica para atender novas exigências.

Aproveitar interações com a sociedade, com as instituições, favorecendo a prática da interpessoalidade. Entretanto, segundo Alarcão, é necessário algo mais, porque fundamentalmente é preciso antes de tudo mudar de paradigma, a substituição de um velho paradigma, para outro inteiramente novo, em uma nova perspectiva.

É fundamental mudar o pensamento a respeito da escola, superar seu conceito tradicional, refletir a vida que vive dentro da mesma num permanente dialogo compreendendo frustrações, sucessos e fracassos, a importância do dialogo com diversas tendências e pensamentos.

Desenvolver a pedagogia do professor refletivo, uma escola que avalia seu projeto pedagógico, não apenas que estuda, mas também que produz conhecimento. A crítica fundamental, após vários anos de escolarização os alunos revelam incompetências cognitivas, atitudes relações comunicativas não atendidas de acordo com as exigências da sociedade, o que é condenável.

Devido a não adequação de paradigmas necessários ao mecanismo de cognição. Esse tipo de procedimento é que não pode acontecer. A escola precisa ser interessante para o desenvolvimento do processo pedagógico, criar dentro dela um contexto educativo, favorecer espaços de convívios, trabalhos em equipes, inovação experimentação e outras atividades.

A interrogação desenvolvida por Alarcão será que as escolas permitem aprendizagem cooperativa e autônoma? Será que favorece a flexibilização de atividades docentes e discentes?

O questionamento a escola está longe ou perto da comunidade? Qual a relação estabelecida entre ambas, se as crianças estão bem adaptadas ao ambiente escolar, se sente na a escola, como sente em suas casas, se o trabalho pedagógico é desenvolvido em várias perspectivas, se a educação se dá na dimensão das multiplicidades de suas funções.

Se a escola é um lugar de tranquilidade e de conscientização, em que cada um pode desenvolver seu desempenho, deve evitar o espírito da repressão e desenvolver a lógica da colaboração, evitar guerras de poder e competitividade na qual fica frágil a construção do saber, o ato de aprender, desenvolvendo apatia empobrecedora do espírito de colaboração.

Se a escola é o lugar onde o professor desenvolve o espírito da curiosidade e da iniciativa para o desenvolvimento entusiasta do ensino aprendizagem. A escola tem que ser necessariamente, um lugar onde o aluno pode desenvolver de forma eficiente suas capacidades de memorização, observação, associação, raciocínio a expressão e comunicação.

A escola tem função de preparar cidadãos, mas não só isso, porque ela tem que ser o local no qual tem que viver a própria cidadania. A escola precisa pelo menos ser o lugar no qual deve acompanhar as mudanças da sociedade, compreendendo as mesmas.

Preparar o aluno para poder viver a complexidade que caracteriza o mundo atual.

O que deve ser refletido, a escola é influenciada pela tradição ocidental, que dá privilegio ao pensamento lógico-matemático, e a racionalidade cartesiana e não potencializa o desenvolvimento global do ser pessoa, discrimina todos aqueles que saem do referido paradigma. A escola precisa sofrer uma mudança radical nos métodos e processos de ensino aprendizagem e nos conteúdos que são ensinados, mas a escola não poderá ser desvinculada de pedagogias e políticas administrativas.

Portanto, para escola mudar, tem que necessariamente mudar sua organização como ela é pensada. É urgente a mudanda a escola, não apenas currículos, que são ministrados, mas na organização disciplinar, na pedagogia organizacional da escola.

Mudar nos valores e nas relações humanas que vivem na mesma, ou seja, na própria escola, pensando essa mudança no contexto da própria escola. Não devemos apenas pensar é preciso agir para mudar.

É preciso mudar a cultura que se vive na escola, para pensar uma ação reflexiva necessariamente contínua. Para o desenvolvimento dessa reflexão Isabel propõe algumas ideias básicas.

Definição de uma escola reflexiva realiza na organização escolar que permanentemente pensa a si mesma, na sua missão social e organização, confronta com o desenrolar das suas atividades em um processo heurístico dialeticamente avaliativo e formativo.

Uma escola assim concebida pensa-se no presente para se projetar no futuro. Não ignorando os problemas atuais, resolve os por referência a uma visão que direcione para melhoria da educação praticada e para o desenvolvimento da escola organizada.

Diante das incertezas em que se vive hoje a escola precisa repensar urgentemente reajustar para atender o mundo atual, numa ação reflexiva permanente.

Atendendo um conjunto de fatores, como o desenvolvimento tecnológico, a globalização, a competitividade de um mercado efêmero, interesse pelo produto instalado numa sociedade de consumo, a escola precisa preparar o aluno para essa situação descrita.

Com efeito, simultaneamente, o desenvolvimento científico dos conhecimentos diversos, a importância de sistematizar um conjunto de características próprias de uma organização dinâmica, aberta, flexível ao atendimento para formulação da pedagogia atual visando exatamente às mudanças em seus aspectos globais, por meio da reflexão permanente. Uma pedagogia que reflete a cada dia, numa ação de mudança diária.

Edjar dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/04/2015
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