CAPITALISMO E O VELHO PENSAMENTO CRISTALIZADO X PÓS-MODERNIDADE, A NOVA ESFERA MENTAL DAS DIFERENÇAS.

Nossa civilização é vítima de uma interpretação Simétrica-Grega que moldou as linhas e escavou as diretrizes visuais do mundo Ocidental, onde o belo e o simétrico, o perfeito e o não estranho, aponta para uma "Padronização Cultural" sendo este impulsionado pelo Sistema Capitalista.

É neste cenário que surge os preconceitos, e os preconceitos nada mais são que os subprodutos da "Padronização Estética" da sociedade, que usa um referencial a ser alcançado.

Dentro desta sociedade que evidencia as ansiedades e os desejos, as propagandas de produtos tendem a ter como suporte básico de incentivo, os "Sete Pecados Capitais"; Toda propaganda vai ser tecida para despertar nos consumidores os sentimentos mais impulsivos e até mesquinhos da natureza humana, onde a inveja e a esnobação despertadas pelos os que "podem" são sinônimos de superioridade.

A Luxuria, onde usa mulheres como produto de sedução para produtos de consumo, o que podemos ver nas propagandas de cervejas;

O Orgulho ou a Vaidade, usadas para enaltecer a venda de produtos que mostre poderio econômico ou padrão econômico, como Carros, Apartamentos, cartão de Créditos em propagandas de bancos, Etc.

A Gula, evidenciada em propagandas de qualidade de produtos alimentícios, perdigão, hambúrguer, etc, onde mostra em detalhes o quão delicioso é para os consumidores da classe média a alta.

A magreza esbeltas das mulheres em seus desfiles de modas evidenciam um padrão de beleza que causa angustias nas meras mortais com pequenas gordurinhas ou alguns resquícios de celulites. Neste quesito, as mulheres são as mais massacradas pelo capitalismo consumista, colocando o ideal de beleza em patamares quase que inalcançável para a maioria, e assim decretando uma corrida desenfreada para emagrecer e ficar com a aparecia que a sociedade impõe, e neste instante que o capitalismo se aproveita das angustias femininas e vendem seus produtos aos milhares na promessa de emagrecimento rápido e com saúde.

Enfim, em uma sociedade capitalista que tem por diretrizes manipulativas os sentimentos mais mesquinhos e instintivos do ser humano, não é de se admirar que essa sociedade produza como subproduto a marginalização dos que não tem em detrimento dos que tem, dos que são magras aos que são gordinhas, dos que são brancos e de olhos azuis aos que são negros. Valorizando assim os que são e desprezando em preconceitos os que não são, por causa de modos e diretrizes de beleza herdados dos ocidentais Gregos.

E é neste cenário contraditório que surge a pós-modernidade, com novos pensamentos, revirando os moldes preestabelecidos, cristalizados, formados e prontos deste velho modo de pensar, é também uma tentativa de diversificação dos modelos sociais, um desfacelamento dos moldes morais (o que na minha opinião não é bom), mas nunca poderá ser um guia moral de um grupo, uma nova diretriz do que é certo ou errado, não pode favorecer um modismo de luta.

Então, seria a pós-modernidade uma espécie de aperfeiçoamento do capitalismo? Sinceramente, não sei, parece ser bem mais profundo que ideologias e moldes de pensamentos.

Mais com certeza é uma desconstrução do já acabado e construido, é a liberdade de posicionamentos críticos, diversidade de interpretações, uma liberdade de pensamento assegurado pela liberdade de crença e de ideologias, é o reino da individualidade, o reino do que hoje é o estranho, é também, a desconstrução de um padrão cultural,( A era do fugir do padrão e da estética da Boneca Barbie ou dos Supersarados estereótipos filhinhos de Papai ).

Finalmente é a era dos grupos culturais, da territoriedade, da identidade diferente, das tribos de pensamentos divergentes, do respeito a diferença e ao diferente, na esfera social, religiosa, pessoal ou cultural. E se Eric Hobsbawm fosse definir e escrever em um livro, ele poria o título de; A ERA DA LIBERDADE.

Opinião: Lililson Santos

Lililson
Enviado por Lililson em 30/04/2015
Reeditado em 22/12/2023
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