Uma comparação dos paradigmas: Renascimento e Iluminismo.

A passagem da mentalidade medieval feudal para o mundo moderno foi um processo lento, com resistência por parte de forças conservadoras. Portanto, ideologias políticas e religiosas, medievais reagiam constantemente.

Uma das forças políticas, o Tribunal inquisitório, criado em 1232, sendo reativado, no século XVI, com o objetivo de atacar o nascimento do Estado Moderno, do mesmo modo tinha como finalidade combater a Revolução Protestante.

Para evitar o desenvolvimento moderno, as forças reacionárias, lutavam contrariamente as transformações, motivos pelos quais, os cientistas sofreram perseguições terríveis.

A inquisição órgão da Igreja lutava contra todos aqueles que sonhavam com a nova forma de Estado, sobretudo, recusava a ideologia liberal sustentáculo ideológico do novo modelo de produção.

Portanto, a nova acepção científica ligada ao início do nascimento do Estado moderno, sempre classificada como difusora de heresias, por contrariar dogmas católicos produtos do Antigo Regime.

Exemplo clássico de tais perseguições ao padre filósofo Giordano Bruno 1548-1600, simplesmente condenado à morte, devido suas novas morfologias cientificas.

Um dos pontos clássicos da velha física, imaginava que a terra era o centro do universo, sendo com efeito imóvel.

Portanto, a velha concepção geocêntrica fundamentada na antiga astronomia grega desenvolvida por Ptolomeu, sendo reelaborado por Aristóteles, o fundamento do teocentrismo medieval.

O padre e filósofo Giordano Bruno, reapresentou a teoria heliocêntrica formulada pelo padre Nicolau Copérnico 1473-1543, com a seguinte tese, o infinito é um todo complexo, não havendo centro em nenhuma parte.

O que assustava a Igreja foi o nascimento de um novo paradigma, não mais fundamentado na metafísica, entretanto, na experiência, tendo como instrumento a matemática, afastando naturalmente as ciências dos dogmas religiosos.

A grande importância do surgimento da ciência que nasceu a partir de uma nova concepção filosófica que desencadeou na filosofia renascentista.

Portanto, constituiu-se posteriormente, na revolução Iluminista do século XVII, a mudança de uma acepção religiosa metafísica do mundo a outra, especificamente mecanicista.

Com efeito, a realização científica foi se efetivando lentamente ao longo dos séculos, mas sem duvida no processo histórico um dos maiores paradigmas para o mundo moderno.

O marco de uma constituição epistemológica, que definiu a modernidade, sem a qual não seria possível a contemporaneidade, e, muito mais o que teria que ser o que já está se constituindo no pós- contemporâneo.

A evolução do mundo das ciências em geral determina-se por acepções filosóficas como fundamentos dos novos paradigmas, desse modo consecutivamente, na perspectiva histórica.

Entretanto, nada se modifica instantaneamente, o mundo em sua evolução é uma interminável mudança de paradigmas, para a criação dos novos tempos históricos. Essencialmente, o futuro das mentalidades.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/07/2015
Reeditado em 24/07/2015
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