Relação do Empirismo com o Racionalismo.

No século XVI na Inglaterra, a luta entre a nobreza e a burguesia pelo controle do poder político.

Avanço da Revolução Industrial provocou o desenvolvimento técnico, surgindo uma nova Filosofia qualificando a realidade material, contrariamente ao racionalismo idealista na França.

O problema da epistemologia, o conhecimento como compreensão da realidade, uma veemente crítica ao idealismo, à realidade apenas material.

Com efeito, o materialismo é um produto filosófico inglês. A crítica atinge tanto o idealismo como o racionalismo.

O pressuposto fundamental do empirismo, não se conhece nada pelo mundo das ideias. No entanto, pela materialidade da realidade.

Com efeito, não é possível a produção do conhecimento no mundo das ideias.

Um ataque veemente a Filosofia de Descartes, herança do platonismo.

Sendo desse modo, não se pode dizer eu penso logo tenho existência, porque a materialidade não pensa. Por outro lado, não é possível a memória sem a neuroquímica do cérebro.

O que significa a existência é o fundamento do pensamento. Primeiro existe, e, porque existe pensa.

Portanto, só é possível a formulação do pensamento com a existência.

Com efeito, é a existência a base substancial da construção do saber.

Dessa forma, com o fundamento empírico que nasceu a Filosofia existencialista de Paul Sartre, primeiro o homem existe e posteriormente define-se como homem que pensa.

A formulação clássica da etimologia, a existência precede a essência. Motivo pelo qual não existe uma essência a priori, como imaginava o idealismo anterior.

Portanto, a essência é apenas aproximada e construída historicamente, produto das relações sociais, heranças das epistemologias marxistas e do empirismo inglês.

Desse modo, a existência é real, a grande fonte do saber conjugado ao mundo da linguagem.

O grande filósofo inglês cientista renomado Francis Bacon em 1561-1626. O primeiro a elaborar o método indutivo em Novum Organum, referindo à nova fórmula de trabalhar com a ciência.

Não mais apenas o velho racionalismo hipotético, primeiro é necessário compreender a realidade.

Com efeito, denuncia os erros provenientes do idealismo cartesiano, não sendo mais possível recorrer à tradição aristotélica, a superação da escolástica tomista.

John Locke em plena Revolução Industrial, a sua Filosofia como base Iluminista e profundamente influenciado pelo pensamento de Bacon, a experiência como fonte do desenvolvimento tecnológico define a mesma, como sustentação do conhecimento.

Formula duas grandes distinções: primarias e secundárias em referência ao mundo da materialidade.

Por esse caminho o cientista conhece a realidade material e classifica seus procedimentos indutivos, ou seja, aplicação da própria epistemologia empírica.

No entanto, surgiu na Filosofia inglesa contestações ao pensamento indutivo como método epistemológico.

O primeiro deles refere a Georges Berkeley 1685-1753, o segundo contestador David Hume 1711-1776, reduz o mecanismo de conhecimento a uma cognição psicologizante.

Afirmando categoricamente, que não existem verdades reais, apesar da existência da materialidade. Portanto, negando desse modo, as verdades não são reais ou ideais.

Com efeito, o que existe mesmo são experiências particulares, e, não universais.

Portanto, toda forma de entendimento é fechado em um sujeito supostamente epistemológico.

Sendo o conhecimento, crenças, meras suposições derivadas de hipóteses. O fundamento afirmava Hume tão somente resultado do costume.

No entanto, posteriormente, tanto o racionalismo inglês como a Filosofia racionalista francesa, possibilitaram grande influência aos ideólogos da Revolução Francesa, que naquele momento histórico foi mais política que econômica.

O iluminismo movimento cultural e político precursor da Revolução Francesa desenvolveu a razão como fundamento de todas as coisas, desqualificando a metafísica e a fé.

Posteriormente, uma junção epistemológica entre as duas tendências, sendo a única forma de entender o mundo e o seu desenvolvimento, a racionalidade e o empirismo, aplicação de ambos ao método indutivo.

Desse movimento duplo e complexo, nasceram à ideologização positivista, as racionalizações do empirismo e do racionalismo, como fundamentos da segunda fase do iluminismo, aplicando as ciências da natureza e do social.

Nascendo, como propósito, a fenomenologia, objetivando a reação ao positivismo lógico, pois as ciências em referências têm naturezas e fundamentos específicos.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 06/08/2015
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