SERÁ O NATAL, UMA FESTA PAGÃ?

SERÁ O NATAL UMA FESTA PAGÃ ?

Será?

Ponderemos a respeito começando com um testemunho:

Já no calvário, haviam dois malfeitores também crucificados, um à direita e outro à esquerda do Messias. Então, enquanto um zombava do Senhor, o outro O compreendeu, O aceitou, creu e pediu:

(Lucas 23:42,43) - “Então disse: Jesus, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu Reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo, que hoje estarás comigo no Paraíso.”

Ora, fica claro nesta passagem bíblica que Nosso Senhor não mais olhou, não mais fez questão do passado daquele homem e sim, no que após crer, havia se transformado.

Um outro testemunho:

Saulo de Tarso era um militar judeu romano que perseguia os cristãos, porém o SENHOR agiu e modificou-o completa e profundamente. Todos sabem a história de Paulo, mas eis a seguir como foi a sua conversão: (Atos 9:1-30) -"E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.

E ele, tremendo e atônito, falou: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.Atos 9:3-6). Após esta passagem, tornou-se Paulo um cristão absoluto.

Estes são dois exemplos bíblicos, porém hoje, na vida real, além destes, quantos outros testemunhos de conversão e transformação, vividos por pessoas comuns, poderíamos buscar em qualquer igreja, de qualquer nome, em todo mundo cristão e transcrevê-los aqui para esta página?

Quem, em cultos, missas, encontros de casais, cursos bíblicos, cursilhos, reuniões outras da fé cristã, nunca ouviu testemunhos de pessoas de má conduta que creram, que aceitaram Jesus e tornaram-se novas pessoas de ótimo comportamento?

Vimos pelos testemunhos que o mau, pela conversão, tornou-se bom e útil aos desígnios de Deus e do Cristianismo. Assim, da mesma forma, também não é diferente com o dia 25 de dezembro.

Quando Jesus veio à terra os romanos eram pagãos, como eram praticamente todos os outros seres humanos, que pouco ou nada sabiam do Senhor Deus de Israel. Todavia, nem por isso devemos compreendê-los como maus. Não! Eram pessoas comuns, pais de família, filhos, filhas, avós, tios, tias, mulheres, moças, enfim, uma população que trabalhava, estudava, tinha os seus afazeres e que, assim como nós, labutava a sua sobrevivência natural do dia a dia. Somente que, infelizmente por motivos óbvios, ainda não conheciam nosso DEUS.

Naquele tempo eles festejavam, no referido dia 25 de dezembro, a tão falada "Saturnália" que caía no Solstício de Inverno e na qual incluíam o deus Sol, ou o deus Mitra, uma divindade cultuada também na época por indianos e persas (os romanos a importaram, por assim dizer).

Era a tal "festa pagã" que hoje muitos dizem que o Natal ainda continua a sê-lo, (como se este que aqui escreve fosse pagão. Uma ofensa a mim e a milhões de outros cristãos que o comemoram).

Porém, as notícias, as sementes da boa nova, do nascimento, vida e pregação do Messias em Canaã, espalharam-se no Império e chegaram a Roma, trazidas em primeira mão pela boca dos homens simples; soldados, mercadores, comerciantes, marinheiros, funcionários públicos e depois por Pedro e Paulo que, separadamente, também lá estiveram.

Germinadas estas, o Cristianismo lentamente, mas com firmeza, lançou forte suas raízes na Capital e por todo o Império. Como um perfume que adentra um ambiente, o fermento da fé agiu e fez a crença NELE e na SUA PALAVRA aumentar a tal ponto, que os novos cristãos romanos viveram epicamente a ousadia da conversão.

E por O aceitarem foram perseguidos, escorraçados, judiados, transpassados por lanças e espadas. Por aceitarem JESUS, viveram fugidos e escondidos com seus familiares nas catacumbas, refugiados e entocados como ratos. Por amor a Cristo foram jogadas, famílias inteiras, por anos e anos seguidos aos leões no Coliseu. E mesmo assim, tiveram a força, a determinação e coragem para manter viva a fé cristã ! Nossa crença e fé cresceram entre os romanos de tal maneira, que, no ano de 391 D.C. DEUS operou o milagre.

Qual milagre? Mas que milagre é esse?

Fez o Imperador Constantino CRER E SE CONVERTER e, logo após, DECLARAR O CRISTIANISMO a religião oficial do Império Romano!

Imaginem! Ele, o gigante, o homem mais poderoso do mundo naquela época, rei de um Império de quase mil anos, ajoelhou-se, prostrou-se em terra para adorar a JESUS e glorificar o SEU nome! E foi o que realmente aconteceu.

Assim, posto divinamente o cristianismo como a religião oficial dos romanos, os cristãos, ao invés de comemorar a "Saturnália", deus Sol e Mitra, no dia 25 de dezembro, O TRANSFORMARAM e passaram a festejá-lo COMO SENDO O DIA DO NASCIMENTO DE JESUS, DO MESSIAS, DE CRISTO.

É lógico, é claro, é evidente, que não mais sendo pagãos, e sim cristãos, eles tinham a obrigação, a missão de pôr o candeeiro aceso, a luz, no lugar das trevas. Precisavam pôr o louvor a CRISTO, no lugar da "Saturnália" que era pagã .

Igual ao coração do malfeitor crucificado antes de crer, igual ao coração de Saulo antes do seu encontro com ELE e igual a milhões de outros corações, que por séculos e séculos se transformaram, de pagãos, para Cristãos, transformou-se também aquela festa pagã, na maior festa da Cristandade, o NATAL. E assim é até hoje e vai continuar sendo por infinitos séculos, muito embora alguns não o queiram.

Não importava e não importa a nós cristãos, não sabermos exatamente o dia em que ELE nasceu. Importa sim, é que pelo amor que LHE tinham e que temos, que LHE quiseram e que queremos demonstrar, deram-LHE e demos, em SEU louvor, um dia de aniversário, o 25 de dezembro. Foi por amor a ELE que o dia 25 de dezembro FICOU SENDO como a data do SEU nascimento.

E NOSSO SENHOR JESUS CRISTO conhecia o coração daqueles cristãos do passado, assim como conhece sobejamente o nosso e sabe, que não havia naquela época e não há hoje, um ínfimo sequer de maldade neles ou em nós, por comemorarmos o dia 25 de dezembro como sendo o SEU ANIVERSÁRIO.

E o SEU NOME foi e é tão forte, que a tal "Saturnália", deus sol, Mitra ou seja lá o que for, desapareceu, acabou, findou-se, não existe mais há séculos e séculos.

Sabe-se HOJE da tal "Saturnália", porque aqueles há, que não deixam a humanidade esquecê-la e dela fazem propaganda, final de ano a final de ano, parecendo que, a querem novamente pôr, no lugar do NATAL. Ora, a famigerada Saturnália é morta e mortos estão os que a comemoravam, então, por favor, deixem os mortos com os seus mortos!

Hoje, o dia 25 de dezembro é NATAL, festejado com muita reunião em família, oração, amor, paz, carinho e abnegação, como sendo o ANIVERSÁRIO DE JESUS! E isso é mau, por acaso?

Lembro aqui jóias de verdades proferidas por João Batista (João 3:30) "...Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa. Importa que Ele cresça e que eu diminua. Prestem muita atenção na frase final das palavras do profeta - "importa que ELE cresça e eu diminua".

Obviamente, é claro que, sendo trocada uma festa pagã, por uma festa absolutamente Cristã, toda ela voltada em NOME E LOUVOR A JESUS CRISTO, fez, tanto naqueles idos de 391, como continua a fazer até agora, o nome DELE CRESCER (e, de fato, cresceu) e não DIMINUIR, como parece pretender alguns que criticam o Natal.

Hoje a luz do sol deste dia leva o nome DELE a todos os países não cristãos.

Não há o mais recôndito vilarejo, do mais longínquo país, que não tenha ouvido falar no NATAL e não saiba que é uma festa cristã.

Não há outro objetivo nesta data que não seja no sentido da oração, do pleno amor, paz, harmonia, congraçamento entre os povos, alegria em família, amor fraternal e bem estar social entre todos.

Chegam os "Sábios da Lei", a criticar a árvore de natal, guirlandas, luzes multicoloridas e outros enfeites que usamos no Natal, como sendo de origem pagã, indo ao cúmulo de citar o nome de Ninrod, Rei da Babilônia.

Ora, os babilônios e o seu citado rei, foram um dos primeiros povos a usar a escrita, a cuneiforme. Devemos porventura, não mais usar a nossa escrita porque ela evoluiu e veio de Ninrod?

Devemos excluir, separar os persas, hoje iranianos, do nosso convívio porque grande parte deles talvez sejam descendentes de Ninrod ?

Se é por ser de origem pagã, então não podemos mais usar a língua portuguesa, que originou-se do latim, falado pelos antigos pagãos romanos? Não podemos também, usar o calendário romano, instituído pelo Imperador (pagão) Rômulo em 753 A.C. e reformado por Júlio César ( pagão) em 73 A.C.

Proibido igualmente o uso da pólvora, do telescópio, do papel e milhares de outras invenções pagãs.

Vedado outrossim, o uso da matemática, pois ela nasceu e progrediu desde 4000 anos atrás e foi desenvolvida por pagãos, inclusive parte dela, pelos babilônios.

Idem usar o Teorema de Pitágoras, o Princípio de Arquimedes, vez que ambos eram pagãos.

Riscar dos anais da história, Platão, Sócrates, Hipócrito, Demócrito e outros estupendos pensadores antigos, todos pagãos.

Queimar também na fogueira o egípcio Ptolomeu (pagão), que deu início à biblioteca de Alexandria, à qual foi a "Luz do Mundo" por quase 600 anos, definitivamente queimada por volta de 642 d.C. por gente que dizia que só a escrita divina bastava e podia vicejar na terra (por isso a queimaram).

Poderíamos aqui ainda citar inúmeros pagãos que contribuíram e ainda contribuem com invenções e descobertas advindas da sua capacidade e inteligência, para a modernização e bem estar da humanidade, as quais todos usamos. Não há mal algum nisso porque não está em nós a capacidade de julgar e sim, somente ao SENHOR.

Ou será que alguém no julgamento final, se atreveria a perguntar a DEUS, a questioná-lo, de como ELE julgou Ninrod? Se ELE porventura perdoou Ninrod, qual o humano que teria razões e argumentos para repreendê-lo?

Creio ser bom lembrar-lhes o motivo da vinda do Messias à terra. ELE veio para vencer o pecado e dar a chance do perdão a todos os humanos que NELE crerem, inclusive aos descendentes de Canaã. Senão, então, perde-se o motivo da SUA VINDA e a razão do Novo Testamento. Eu particularmente não creio num Messias excludente de povos.

Muitos afirmam que há somente um caminho que leva ao SENHOR. Pois eu lhes digo o contrário, que aprendi numa frase do livro "A cabana" do escritor Willian P. Young - "ELE é que, por sua infinita bondade e amor, SE coloca em todo e qualquer caminho para que possamos encontrá-LO!"

Prova é que, o Malfeitor da Cruz e Saulo, não estavam trilhando o caminho do amor, porém, Deus é que colocou-se no caminho deles. Creem mesmo, que DEUS não abençoa e não se coloca conosco no dia 25 de dezembro, o qual com tanto amor LHE oferecemos? Temos, nós que o comemoramos, absoluta certeza que sim!

Ao leitor que ora me lê e é cristão e critica o Natal afirmando ser ela uma festa pagã, questiono: Acaso o(a) senhor(a) que é cristão, simplesmente discrimina, não conversa, não se relaciona, com outra pessoa que pertença à outra crença religiosa, ou um ateu ou incrédulo? Não iria a uma festa de um filho dele, porque a família seria pagã, logo a festa, seria uma festa pagã?

Vocês, que criticam o Natal com tanta veemência e propriedade, com detalhados fundamentos e provas históricas, ricas em detalhes e adereços ressaltando a sua, ou vossa ideia, de que tudo que é pagão, é mal, é ruim e não presta, seriam talvez, desde no lá longe passado, ou aqui agora, melhores do que os incrédulos? Sim, pois, pagão, é sinônimo de ateu, de incrédulo, de não crente. Há milhões de pagãos no Brasil e no mundo atual. Sempre houveram.

Ou será que vossas senhorias pensam que os pagãos do passado, seriam muito diferentes dos pagãos de hoje?

Encerrando, presenteio-os com um importante ensinamento de Jesus Cristo:

Mateus 15:10-20 "Chamando a si a multidão, disse-lhe: Ouvi e entendei: Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, é isso o que o contamina!"

Feliz Natal e um Ano Novo maravilhoso a todos os seres humanos, de todas as religiões, credo, raça, cor, ricos e pobres e pagãos.

Tenho inúmeros amigos ateus, vários deles, os quais de coração estimo, e posso afirmar com toda convicção, que são iguais à qualquer pessoa.

Igualmente, Feliz Natal e um exuberante Ano Novo a todos os leitores, escritores e pessoal administrativo do Recanto das Letras.

E FIQUEM COM A PRESENÇA E BENÇÃO DO SENHOR PARA SEMPRE EM SUAS VIDAS, QUE, CLARO, É SEMPRE, A MELHOR COMPANHIA!

Athos de Alexandria , 24/12/2015.