Da tripa ao coração


Diante da vida corrida do momento atual, passamos a observar as mudanças que ocorreram nas famílias tradicionais. Na maternidade muito se mudou e está a caminho maiores mudanças para o nosso tempo. O relógio não para, a maioria acorda em sobressalto, toma-se o café, engole-se o pão às pressas, beijinho-beijinho e tchau. Em certos casos até os bebes são apressados a mamar rapidamente para irem à creche, pois o transporte escolar não espera. As crianças pós-modernas estão sendo acostumadas a terem responsabilidades cada vez mais cedo.
Nas gerações espontâneas, em muitos casos surgem fatores benéficos, e estas são as alavancas que movem o mundo para criações melhores.  Os antigos paradigmas precisam, de fato, serem quebrados, para tomarem assentos as novas realidades. Assim caminha a humanidade, uma moenda contínua, neste vai-e-vem as mudanças sociais acontecem a seu devido tempo; como na evolução das espécies, as características benéficas são absorvidas tomando lugar dos projetos arcaicos, que por conta própria inutilizados são descartados.
A primeira gestão educadora na vida de uma criança é a família, e por sinal a mãe. Mas há aqueles queixumes: foram introduzidas na educação dos nossos filhos informações diversas dentre as quais quesitos que não reconhecemos como  positivos, pois bem,  as relações não são estanques, são princípios desenvolvidos e assimilados por anos a fio, e por que não dizer por séculos? A reclamação de uma mulher em relação ao homem insensível torna-se inadequada, pois quem educa o homem é a própria mulher.
Quando saiu a notícia que o transplante de útero havia sido realizado com sucesso em pessoas do sexo masculino e que homens poderiam gerar filhos, a maioria das mulheres vibrou e felizes  disseram: agora saberão o que é bom para tosse e passarão a dar valor a mãe. Todas foram unânimes em concordar que doravante a família será constituída de no máximo dois filhos, da mulher nascerá um filho e do homem nascerá o outro.
Resumindo é dolorido fazer da tripa o coração e a culpabilidade cair sobre nós mulheres quando o resultado na criação dos filhos corresponde a expectativa da sociedade maxista. Amor sem compromisso não é amor; é costume das mães fazerem todos os gostos aos filhos e quando crescem não dão o mínimo valor. Já se usa o robô para acompanhar os velhinhos, isto é, nada mais que substitutos de “filhos homens”. A chamada a responsabilidade desde a infância não é prejudicial a formação do adulto, muito pelo contrário o torna consciente e  cumpridor de seu dever, em contra partida, deve-se ficar claramente desenvolvido no subconsciente e consciente que os pais cuidam dos filhos e filhos cuidam dos pais.

 

 

Marly Ferreira
Enviado por Marly Ferreira em 15/01/2016
Reeditado em 02/02/2023
Código do texto: T5512135
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.