A teoria da imaginação.

Antes eram apenas as realidades.

A antimatéria.

O vácuo, o escuro e a temperatura negativa.

A teoria do princípio da incausalidade.

Por meio do frio.

Surgiram as primeiras partículas.

O universo tão somente o gelo.

Significando, portanto, o nada.

O mundo não foi feito por mim.

Muito menos pedi para existir.

Estou aqui.

Na mais absoluta imposição.

Sou obrigado a cuidar da minha pessoa.

De outras pessoas.

Do Estado.

Sobretudo, da burguesia parasitária.

No entanto, a natureza é indiferente a minha existência.

Age sobre mim com se não existisse.

Como se não fizesse parte dela.

No entanto, imagino.

Fazendo parte da natureza.

Muito mais.

Sendo ela própria.

Entretanto, quando o meu corpo.

Tornar-se apenas uma partícula.

Presa a imensidão do universo.

Com efeito, serei a natureza.

Sem consciência.

Tudo em mim.

Será como se antes.

Nunca tivesse existido.

Porém, nesse momento.

Serei apenas o infinito.

Quando então entenderei.

O magnífico poema.

De Fernando Pessoa.

A exuberância da imaginação.

Desse modo.

O resto será gente e alma.

Complica.

No entanto, fala.

Pensa e reflete.

Vê.

Tira o sono e a calma.

Porém, nunca é o que é.

De nada ter razão de ser.

O futuro do homem e da alma.

O as demais coisas são.

Imaginações representativas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/01/2016
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