TAMBORES DE MINA - FRAGMENTOS DE SUA ORIGEM

TAMBORES DE MINA – FRAGMENTOS DE SUA ORIGEM

Pesquisa de José Rodrigues Filho

Em 1049, no Oriente, a primeira cruzada massacra os turcos e toma Jerusalém. O sultão Darsalam, (Dar es Salaam, que significa: casa da paz) derrotado, envia suas três filhas: Mariana, Erondina e Jarina, para África, em asilo, na Mauritânia. As princesas, entretanto, nunca chegaram à África, pois ao passarem pelo Estreito de Gilbratar entraram numa dimensão diferente (dos Encantados) e foram parar na foz do Rio Amazonas, chegando na aldeia do Caboclo Véio (indígena) onde Sumé, um Encantado branco que morava na aldeia, há muito tempo, vai embora prometendo voltar se fosse preciso. Erondina encanta-se com a natureza e assume (ajurema-se) tornando-se uma divindade turca/pindorama. Forma-se assim o primeiro anel da grande cobra.

As princesas vão até ao Baixo Maranhão e encontram D. Sebastião, aquele mesmo que dizem morreu na batalha de Alcacer Quibir, nas Cruzadas, o qual oferece a hospitalidade portuguesa à Turquia, uma vez que, Pindorama era colônia de Portugal. Forma-se então o segundo anel da grande cobra.

Em 1719, Darsalam (que prometera lutar pelo seu povo foge para a África atrás de suas filhas, ocorrendo-lhe o mesmo fenômeno do encantamento, indo parar, após quatro meses de sono, na aldeia de caboclo Veio). Vê os orixás ou voduns (assim são chamados os Encantados na Amazônia) acompanhando os escravos. Um Vodum que estava à frente e que entrava nos terreiros, para mostrar que as divindades africanas não deviam atender apenas ao povo africano, foi escolhido para fazer um filho numa escrava cuja cria se chamou Anastácia, a qual fundou o primeiro Tambor de Mina de São Luís, em 1889.

Para unificar o atendimento a todas as raças, convoca-se uma reunião com todos os Encantados, de todas as etnias, e Darsalam vê todas as raças reunidas dançando, fechando desse modo o terceiro anel da grande cobra.

Darsalam, não ficou no Brasil, voltou para a Turquia, onde de seu palácio, até hoje, zela pelo seu povo.

Amélia Rodrigues-Ba, 20 de maio de 2016.

José Rodrigues Filho
Enviado por José Rodrigues Filho em 20/05/2016
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