QUEM FOI EDITH STEIN?

QUEM FOI EDITH STEIN?

Quando fiz meu Doutorado em Teologia Moral (“Deus é bom. Então porque existe o mal?”) fui pesquisar as questões do mal na filosofia e ali descobri uma riquíssima bibliografia sobre Edith Stein, uma filósofa alemã, de origem judia, a primeira mulher a defender uma tese de doutorado em filosofia na Alemanha. Edith Theresa Hedwing Stein nasceu na Alemanha e foi uma filósofa e teóloga alemã. Foi discípula e depois assistente de E. Husserl († 1938), fundador da fenomenologia. De origem judia, converteu-se posteriormente ao catolicismo, tornando-se carmelita descalça.

Filha de judeus e última de onze irmãos, nasceu no dia 12 de outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o “Dia do Perdão”. Seu pai faleceu quando tinha dois anos, numa viagem de negócios. Durante a adolescência, deixou a escola e passou alguns meses na casa de sua irmã Else que morava em Hamburgo, ocasião em que passou por uma crise de fé. Retomou os estudos em 1908 e obteve o diploma dos estudos secundários com distinção, em 1911. Começou então a cursar a Universidade em sua cidade de Breslau: alemão, história, psicologia e filosofia foram as disciplinas em que mais se destacou. Interessou-se pelos estudos realizados por Edmund Husserl e partiu para estudar com ele em 1913, na Universidade de Götingen. Desenvolveu estudos de filosofia alemã e história. Fez grandes amigos no grupo de filosofia da universidade. Em janeiro de 1915 graduou-se como filósofa, com grau máximo

Em 1920, passa por uma dolorosa crise interior. Em 1921 se decide pela conversão ao catolicismo, o que ocorre no dia 1º. de janeiro de 1922, com o Batismo e a primeira Comunhão realizados na Igreja São Martin, de Bergzabern, onde passava as férias. Nesta época relê a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, intitulada “Livro da Vida”, com quem se identifica. Faz sua confirmação na capela privada do bispo de Speyer, em 2 de fevereiro do mesmo ano. Publicou seus trabalhos no Anuário de filosofia e investigação filosófica, editado por Husserl. Em 14 de outubro de 1933 se decide a entrar no Carmelo de Colônia, tomando o hábito com o nome de Teresa Benedita da Cruz. Por ser judia e se haver convertido ao catolicismo, foi presa pela Gestapo e mandada a um campo de extermínio, onde morreu na câmara de gás, aos 51 anos, em 9 de agosto de 1942, no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

Considerada uma mártir da fé, em 11 de outubro de 1998, foi canonizada pelo papa João Paulo II, como Santa Teresa Benedita da Cruz e declarada uma das padroeiras da Europa.

Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós! Intercedei a Deus por nós!