Metáfora na poesia ROSA DE HIROSHIMA para o entendimento de todos

Hoje, vou falar sobre metáfora na poesia para o entendimento de todos. Em primeiro lugar, metáfora é uma figura de linguagem. É um recurso semântico, Quer dizer que é um meio utilizado por quem escreve, ou por quem fala, para melhorar a expressividade de um texto literário. Quando é empregada em uma frase, faz com que esta se torne mais eloquente para os que a leem e a ouvem. Peguei a letra da música que é do poema de Vinícius de Morais- “Rosa de Hiroshima”

Pensem nas crianças, mudas, telepáticas. Pensem nas meninas, Cegas, inexatas. Pensem nas mulheres, rotas, Alteradas. Pensem nas feridas como rosas cálidas.

Mas oh! Não se esqueçam da rosa, da rosa. Da rosa de Hiroshima.

A rosa hereditária. A rosa radioativa. Estúpida e inválida.

A rosa com cirrose. A anti-rosa atômica. Sem cor, sem perfume. Sem rosa, sem nada.

Na poesia, o mestre Vinícius de Moraes usa muitas metáforas. Uma que chama muito a atenção é a palavra “rosa” usada no lugar de “bomba”. O texto nos induz a comparar a bomba jogada sobre Hiroshima com uma rosa.

Pois bem, todos nós sabemos que a rosa é uma flor que se abre em muitas pétalas, e exala perfume. Vinicius de Moraes também disse que a bomba também se abriu ao explodir, e a imagem lembra a de uma rosa a desabrochar. Porém exalou radioatividade e espalhou o mal.

No campo da metáfora, ficou claro a intenção do mestre Vinicius de Moraes, a bomba de Hiroshima, difundiu um mal que se projetou por longas distâncias e até mesmo através do tempo. Outra grande particularidade da poesia é a de que o poeta chama a bomba de “rosa hereditária”. Se você pensar bem, a bomba de Hiroshima trouxe uma mudança no mundo.

O lado poético é de que o cheiro da rosa é capaz de difundir-se exalando perfume e podendo ser projetado por determinadas distâncias e certamente chegando até você.

Do ponto de vista linguístico a expressão é metafórica e talvez se refira às consequências causadas. O acontecido acarretou um mal que se perpetuou, que passou de geração para geração, de pai para filho. Pode ser uma maneira de não nos deixar esquecer do câncer disseminado pelo alto poder da radiação.

#JorgeGuima - 26/01/2018 - 11:14

Jorge Guima
Enviado por Jorge Guima em 26/01/2018
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