O que é a hermenêutica em Hans-Georg Gadamer: Uma comparação entre Nietzsche e Foucault.

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A ideia de buscar a autonomia fenomenológica como filosofia da interpretação.

Princípio ideológico formulado por Gadamer, com objetivo de fugir do ciclo vicioso, das ideias predispostas na memória sapiens, como se a nova interpretação não fosse contaminada.

Portanto, qualquer forma de comunicação resultada da interpretação, é em síntese uma ideologização epistemológica, pelo fato de não existirem verdades em métodos fenomenológicos.

Com efeito, todos os paradigmas são ideologias, fundamentadas em preconceitos, socialismo, neoliberalismo, Estado máximo, Estado mínimo, economia de mercado, do mesmo modo o inconsciente freudiano, nenhuma análise representa a verdade dos fatos.

Com efeito, desse modo, não há uma única interpretação metodológica capaz de produzir a verdade, a verdade em si, é uma disposição a priori em defesa da mentira.

Pelo menos parcialmente, o objeto fenomenológico compreendido pela razão analítica, é antes de tudo a predisposição ideológica substanciada na memória, reproduzida pelo mundo linguístico.

Sendo assim, o que é um paradigma epistemologizado, nada além de uma interpretação subjetivada, agravada por situações históricas.

A pergunta fundamental como sair do ciclo vicioso epistemológico, a resposta dada por Gadamer não é suficiente, a não ser por novas interpretações viciadas.

Em síntese a hermenêutica é um vício ideológico preconceituoso, produto de procedimentos subjetivos.

Os novos conceitos não superam os velhos em relação aos vícios de linguagem, sobretudo, em relação as ideologias predispostas na fenomenologia analítica.

Isso não significa que não sejam necessárias as novas experiências epistemológicas. Todavia, sonhar com a verdade metodológica, simplesmente delírio.

O valor de Gadamer a desmistificação da hermenêutica, a ilusão da superação da exegese como produção objetiva.

Mesmo fazendo uso da linguagem como metodologia dialética, o entendimento dos fatos fenomenológicos, como jogo de linguagem.

Entretanto, não existem outros caminhos para a construção das análises fenomenológicas.

A hermenêutica crítica não é um mecanismo da linguagem na objetivação do entendimento dos fatos fenomenológicos.

Sendo assim, o ciclo vicioso é praticamente insuperável, melhor que todos saibam que a hermenêutica é essencialmente limitada.

Portanto, buscar a verdade sempre pela compreensão ideológica de sua subjetividade, sabendo como Nietzsche refletiu, não existem verdades, apenas interpretações.

Do mesmo modo, Foucault não há o sujeito cognitivo, o que existem são proposições subjetivas, distantes das realidades propositivas, dessa forma, nasceu o mundo da pós-verdade.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/02/2018
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