Oliveira Valadão nasceu em Vila Nova (atual Neópolis) em 4 de janeiro de 1849.
Foi militar e político.
Ingressou no exércto em 1864 quando assentou praça na Companhia de Caçadores da Provincia de Sergipe.
Já era sargento quando embarcou para a Campanha do Paraguai onde participou de importantes combates, sendo sempre louvado por atos de bravura.
Com o fim do conflito se matriculou na Escola Militar (1873) e foi nesse estabelecimento que ele passou a ser adepto dos ideais republicanos, junto de outros companheiros de farda.
A sua carreira política teve inicio após a Proclamação da República. Foi eleito deputado federal em 1891 e presidente do estado de 1894 a 1896. Após deixar o governo passou alguns anos sem exercer cargo público. Foi deputado federal de 1902 a 1904. Sendo reeleito para a Câmara Federal  não completou o mandato porque em 1907 foi escolhido senador, cargo para o qual foi reeleito em 1912.
Voltou a governar Sergipe no período 1914-1918 e após o término do seu mandato foi mais uma vez eleito senador em 1919.
Como militar Oliveira Valadão foi reformado no posto de general de brigada com a graduação de general de divisão em 9 de novembro de 1900.
Morreu no Rio de Janeiro em 10 de dezembro de 1921.
O seu busto feito pelo escultor Correia Lima foi inaugurado em 24 de outubro de 1924 na Praça que hoje leva o seu nome e contou com a presença do presidente do estado Graco Cardoso assim como a do general Marçal Nonato de Faria, que estava em Sergipe como executor do estado de sítio desde que venceu os militares que promoveram a revolta de 13 de julho de 1924.
Um jornal sergipano assim noticiou o acontecimento: "Com a solenidade que fora previamente anunciada e era de esperar, teve efetividade a inauguração do busto em bronze que a gratidão póstuma de Sergipe lavantou à praça 24 de outubro, ao intrépido soldado patricio e eminente vulto da política nacional, general Manuel Prisciliano Oliveira Valadão.
"Após os discursos da pragmática e as homenagens do oficialismo falou em inflamado discurso o jovem David Maia, exaltando as virtudes cívicas do inclito homenageado, tendo por essa ocasião corrido as cortinas que velavam o busto, o sr. Presidente do Estado, e o exm. sr. general Marçal Nonato de Faria, governador militar da cidade.
" Seguiram-se, logo após, os cumprimentos de estilo e as manifestações de cunho popular tradutora do regozijo publico, pela paga desta sagrada dívida de gratidão, que Sergipe saldou com um dos mais ilustres de seus grandes filhos." (1)
Oliveira Valadão também foi poeta e "o seu estro tem como centro a sublimação da mulher..." (2). Então, elemento que se destaca e é complementar de seu monumento é uma bela mulher que "em bonze, oferece, com ambas as mãos, num gesto expressivo, um punhado de rosas" (3)

                                          NOTAS

(1) In "Sergipe-Jornal", 25 de outubro de 1924, pág. 1.

(2) Lima, Jackson da Silva: "História da Literatura Sergipana" Vol. II, FUNDESC, Aracaju, 1986, pág. 469.
(3) Mattos, João Baptista de: "Os Monumentos Nacionais - Sergipe", Separata da Revista Militar Brasileira, ns. 1 e 2, 1º semestre de 1947, Imprensa Militar, Rio de Janeiro, 1947, pág. 40.