República de Platão, comparação com a democracia neoliberal e social liberal.
Platão filósofo grego 427-349 a C.
Escreveu diversas obras: Apologia de Sócrates, O Banquete, Fédon, Teeteto, A República, entre outros trabalhos.
Qual a importância filosófica de política de Platão.
Influenciou culturalmente o mundo antigo e medieval ocidental.
Hoje o mundo é parcialmente platônico.
Vamos analisar a sua principal obra, A República, a relação do poder público com a democracia.
O que é importante ressaltar que Platão nunca foi contra a República, todavia, não favorável a democracia, valor hoje imprescindível para a política contemporânea.
República para Platão sempre foi diferente de democracia, a razão de sua crítica, em referência ao Estado, crítica ao mundo grego, as Cidades Estado, particularmente Atenas.
Ele sempre estava preocupado com o conhecimento das verdades essenciais.
Refletiu a respeito do mundo ético aplicado a política.
Portanto, A República de Platão do ponto de vista epistemológico, procurava compreender o poder público em Atenas, entre os bárbaros povos orientais invasores da Grécia e a elite ocidental local.
As tribos orientais tomaram a República de Atenas através dos lideres tribais por meio da representação democrática.
Com efeito, o conflito do poder na República através da democracia, objetiva os interesses econômicos de duas elites.
A democracia foi um instrumento político criado pelos orientais bárbaros, na tomada institucional do Estado por parte dos bárbaros, entretanto, como invenção grega devido a prevalência da cultura helênica.
Motivo pelo qual Platão era contrário a democracia, pois foi a referida responsável pela destruição da nobreza do seu tempo pelo poder político democrático.
A República já não servia mais a nobreza, todavia aos bárbaros árabes miscigenados.
Portanto, Platão mostra no livro A República, a grandeza do governo republicano, todavia, os defeitos da democracia.
Para Platão a democracia era um mal, porque não objetivava justiça, nesse instante na figura de Sócrates, sendo a justiça o que era do direito de cada cidadão, entendido como nobreza.
Platão não aplicava a ideia de justiça aos direitos sociais, pois era conservador e defendia tão somente a nobreza.
Porém, o que é importante em tal reflexão, que a República é uma coisa, democracia outra.
Sendo assim, não se deve questionar os fundamentos da República, refiro em nossos dias, entretanto, aos modelos democráticos.
Como escreveu Karl Popper em seu magnifico livro: Sociedade aberta e seus inimigos, refletindo em uma sociedade aberta a democracia pode destruir a República.
Todos nós somos republicanos, da República não se abre mão, dos seus princípios e fundamentos, a questão está na democracia, pois a mesma é ideológica, com interesses de grupos econômicos.
Aqui fundamenta a crítica de Platão e Karl Popper, a democracia é instrumento de luta de ideológica.
No mundo contemporâneos existem muitas ideologias institucionais que usam da democracia como instrumento político em defesa da luta de classes.
O liberalismo econômico, é uma ideologia democrática de luta de classes, do mesmo modo, o neoliberalismo.
Sendo que o social liberalismo é também uma ideologia política democrática. Todavia, procura ameninar as contradições de classes implantando o liberalismo social.
Nesse sentido, que é fundamental entender a República de Platão, em nos dias, a democracia como instrumento social de equalização, a finalidade é proteger a civilização evitar a barbárie, sendo que o único modelo capaz de efetivação de tal perspectiva é o social liberalismo, pelo fato de estar dando certo em boa parte do mundo.
Propõe a divisão da renda, com desenvolvimento privado, buscando equalização, com o pleno consumo, desse modo sendo possível a plena produção com a garantia de emprego.
Alemanha, Inglaterra, França, Canada, Austrália, Norte da Europa, Portugal, Japão e Coreia do Sul, o resto do mundo objetiva democracias falsas, é nessa perspectiva que deve situar a nova esquerda no Brasil.
O modelo social democrático de poder.
Edjar Dias de Vasconcelos