O ADESTRADOR DE COITADINHOS

A propósito da implementação do ESCOLA SEM PARTIDO, tenho afirmado, a quem queira ouvir, que é algo desastroso desde a sua concepção, pouco importando a legitimidade das demandas que despertaram a já meio óbvia percepção da necessidade de se fazer alguma coisa em relação à educação nesse país.

Esse, no entanto, não é o objeto deste artigo, que se ocupa de um dos elementos da perpetuação da mesma doutrinação ideológica à qual se refere o ESP.

Não é particularmente difícil demonstrar o que vem a ser doutrinação ideológica, e não é impossível provar que seja um fato corriqueiro em nossas escolas, esse não é o problema . Ao contrário, difícil é não perceber os efeitos da hegemonia do discurso de esquerda, não apenas em sala de aula, mas em praticamente todas as esferas da sociedade civil, especialmente imprensa, ambiente acadêmico e indústria do entretenimento.

Todo telespectador de telejornal, programas de entrevista e o público de cinema nacional, telenovelas e humorísticos em geral recebe de contínuo a sugestão, nem sempre sutil, de tópicos caros à agenda esquerdista em curso internacionalmente :

--> aborto é uma conquista e um direito;

--> sexualidade é uma construção social;

--> a descriminalização do uso de drogas ilícitas pode e deve ser ampliada;

--> a depreciação de fé e práticas religiosas cristãs, seja por revisionismo histórico, seja por imposição de um condicionamento politicamente correto;

--> a promoção da imagem de autores e políticos alinhados com o pensamento esquerdista à categoria de heróis, mesmo em se tratando de assassinos contumazes;

--> o desprezo à família.

A abordagem desses tópicos necessariamente se dá naquele jargão típico constituído de figuras de linguagem esvaziadas de correspondente na realidade, o discurso que se alimenta de discurso, ou discurso metonímico.

Que nada disso pareça obsceno a um público tão dócil é compreensível : desde os anos 60, e mais escancaradamente a partir da década de 80, a práxis progressista dá a tônica das abordagens pedagógicas em uso no país, de modo que a população atual de idade inferior a 50 anos é muito suscetível à sugestão de noções que tem recebido metodicamente, desde a alfabetização, por mídia impressa, televisiva, cinema, etc.

Um dos elementos importantes nessa cadeia de perpetuação da demência coletiva é o usurpador do posto do educador, o Adestrador de Coitadinhos.

Essa figura surge da necessidade fundamental que o movimento revolucionário possui de formatar a mente da futura geração, cauterizando consciências em nome da "causa" , qual seja, a aposta utópica no "mundo melhor" .

Na instrução do Adestrador de Coitadinhos, a assimilação das noções elementares da mentalidade esquerdista está diretamente relacionada à construção do que ele chama de, percebam, "senso crítico" .

Quem quer que venha a esboçar alguma resistência à exposição sistemática promovida pelo "mestre" é um ignorante, obscurecido pela opressão "burguesa" e a ela adaptado, como que alheio à "luta de classes".

O Adestrador de Coitadinhos pode parecer autocontraditório, pois a essência do quanto prega consiste num apelo populista às massas oprimidas, e no entanto está sempre pronto a sufocar o que de fato for genuinamente popular se em contrariedade com os dogmas da "causa".

Em tese vale tanto o :

"Um movimento filosófico só merece este nome na medida em que no trabalho de elaboração de um pensamento superior ao senso comum e cientificamente coerente, jamais se esquece de permanecer em contato com os 'simples' e melhor dizendo, encontra nesse contato a fonte dos problemas que devem ser estudados e resolvidos"

(Antonio Gramsci)

...quanto o :

"As massas são femininas e estúpidas, cumpre saber usá-las"

(Adolf Hitler)

Dada a sua ocupação, sua atividade profissional e número de indivíduos sob sua influência, o Adestrador de Coitadinhos assume um papel de singular relevância no esquema geral de implementação das pautas de esquerda.

O Adestrador de Coitadinhos é mais eficaz que o tiozão aposentado que tem no Lula o exemplo máximo de honestidade.

O Adestrador de Coitadinhos é mais detestável que a moça feia de axilas peludas, matriculada num curso de humanas na federal local.

O Adestrador de Coitadinhos é tão criminoso quanto o jornalista que recebe dinheiro ou favores para promover (ou pegar leve com) o político de sua afeição pessoal.

O Adestrador de Coitadinhos anda meio confuso, em face dos acontecimentos pós-outubro de 2018.

E aí?

Você conhece algum Adestrador de Coitadinhos?

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