O homem é o seu cérebro, como compreender a mente formatada, objetivando a reconstrução da memória.
O cérebro criou o homem por meio da linguagem, magnífico trabalho elaborado pelo neurocientista português Antônio Damásio.
Portanto, o homem é exatamente o seu cérebro, uma vez estabelecido a memória formatada, o homem comporta tal qual, levando em consideração o princípio da identidade.
Com efeito, não é possível entender o comportamento humano sem compreender a estrutura de funcionamento da memória, os mecanismos de funcionais da mente.
Sendo assim, é o cérebro que comanda o homem, motivo pelo qual o homem é inteiramente previsível.
O corpo obedece as ordens determinadas pela mente, o homem não consegue definir-se sem as ordens do cérebro.
Fundamental compreender a mecanicidade do pensamento da memória formatada, o pensar e agir do homem, depende do seu modo ideológico cognitivo, o homem é o que o seu cérebro determinar a ser.
O homem é o seu cérebro ideologicamente formatado, o cérebro determina tudo, do humanismo aos preceitos sexuais, das ideologias políticas as exegeses metafísicas.
Há uma estrutura sistêmica do cérebro determinando o logocentrismo racional, impregnado por múltiplas ideologias hermeneuticisadas, definindo a linguagem de tal modo, os múltiplos comportamentos.
Portanto, se o homem não fosse seu cérebro, seria um animal qualquer e comportaria tão somente pelo instinto.
Deste modo, o homem é essencialmente a estrutura do cérebro, o pensamento da forma que está organizada, uma vez formatada a memória sapiens, muito difícil a reestruturação da mente.
A mente constrói a memória, define o mecanismo consciente ou inconsciente, levando a estrutura cognitiva do cérebro determinar como o homem deve comportar.
Sendo assim, a razão é responsável por todas as faculdades do cérebro, mecanismos sistêmicos e não sistêmicos.
O cérebro é responsável por tudo, pela construção da memória consciente e inconsciente, o cérebro ajuda reconhecer em cada um dos homens, o que é exatamente o seu mundo ideológico.
Damásio procurou entender Descartes, fazendo uso do mesmo para definir a existência do homem, sendo que o referido só é homem porque pensa.
Consegue ser racional, sublimar as emoções e construir desejos.
E o cérebro criou o homem, Damásio faz recurso a outro filósofo William James, reflete a importância da estrutura da razão para fundamentar aquilo que é, ou não, a natureza do eu.
A importância epistemológica do domínio do cérebro na determinação do modo de ser.
Para saber quem é o homem, necessário conhecer a estrutura do seu cérebro.
Tudo que está no cérebro, afirma Damásio, funciona como um marcador fundamental determinando a lógica da mente, no funcionamento da memória.
O conhecimento do cérebro, permite ao sujeito entender as particularidades da mente, como parte da individualidade do eu.
Mas o cérebro é sempre resultado de condicionáveis sociais, reflexo das diversidades culturais, produto de ideologias.
A obra é uma investigação evolutiva dos processos estruturais da mente, como forma de compreender a memória formatada.
O mecanismo de evolução, o nascimento do homem logocêntrico, a mecanicidade de funcionamento da razão.
Com a evolução cognitiva, o nascimento das memórias diversificadas, os múltiplos cérebros, na criação dos comportamentos psíquicos.
Sem tais procedimentos não existiria a cultura, sem a referida o homem não chegaria onde chegou, não teria saído do próprio estágio da linguagem primitiva.
A cultura é responsável pelo que somos, o homem pode mudar a substancialidade do eu cognitivo.
Necessário muita consciência , sobretudo, o entendimento estrutural da memória, como a mesma foi construída cognitivamente pelo princípio de identidade.
Sem entender a estrutura de funcionamento do cérebro não é possível reformatar a memória, a destruição do princípio de identidade na criação de outros, determinando a nova lógica comportamental humana.
Portanto, o cérebro não é apenas uma rica camada de neurônios, onde tudo é fixado por relações complexas, como a memória, o saber, as interpretações e construções subjetivas do mundo objetivo.
O cérebro é de fato o segredo da existência humana, sobretudo, com a criação da linguagem.
Edjar Dias de Vasconcelos.