A hermenêutica fenomenológica entre Wilhelm Dilthey e Gadamer.

Eu defendo a teoria do método da compreensão, disse o filósofo Wilhelm Dilthey.

O que significa a referida epistemologização, estou refletindo a respeito das ciências do espírito.

Portanto, a epistemologização é da compreensão e não da explicação.

Deste modo, se tivesse falando do método indutivo aplicado as ciências da natureza estaria refletindo a respeito do método da explicação.

Tudo isso muito complicado, evidentemente, são duas ciências, a qual refiro faz uso da fenomenologia, a compreensão é hermenêutica, sendo assim, o sujeito também é cultural, tal qual é o fenômeno.

Com efeito, muito diferente, a indução aplicada ao método empírico, por meio da comprovação da hipótese.

Então, a fenomenologia é interdisciplinar, a verdade é sempre subjetiva, em qualquer hipótese é ideológica, a outra ciência no máximo poderá ser relativa.

Com efeito, explicarei o meu método hermenêutico, o sujeito cognitivo pertence a história, faz parte do mundo ideológico refletido, de tal modo, há uma certa identidade entre o sujeito cognitivo ideológico e o fenômeno.

O que significa tudo isso senhor Dilthey, o sujeito da cognição e o fenômeno têm de certo modo, a mesma origem, o mesmo fundamento epistemológico.

Não compreendo o que está dizendo, muito simples, o sujeito é tão ideológico quanto é o fenômeno, deste modo, a verdade é a representação ideológica da hermenêutica.

Então significa que não existe a verdade, quase isso respondeu Dilthey, já pensava como estou refletindo, Nietzsche, tudo é apenas cultural.

Vou tentar explicar de outro modo, um pouco mais compreensivo, é que o sujeito como cognição epistemológica, não é exatamente o sujeito, entretanto, objeto.

Muito difícil o entendimento, lógico que é, como explico, estou negando o sujeito, a não existência do mesmo em sua complexidade, sendo o referido apenas ideológico, subjetivo e parcial, com tal método estou negando a verdade.

Não compreendo a vossa explicação, então, um terceiro modo analítico, para o entendimento da compreensão, o erro está no fato do sujeito ser cognitivo, deste modo, você imagina que o referido não é o objeto, quando na prática é essencialmente objeto, como é o fenômeno.

Deste modo, a nova hermenêutica, o princípio da identidade entre sujeito e objeto.

Desta forma, o entendimento exegético é da compreensão e não da explicação.

Portanto, a investigação fenomenológica é a descrição do que é o objeto, da mesma forma o sujeito, na mesma realidade hermenêutica.

Assim sendo, a configuração hermenêutica aplicada tanto ao sujeito como ao objeto, em consubstancialidade.

Com efeito, em que consiste a verdade, em primeiro lugar, como refletiu Gadamer, a verdade é uma questão de método, o resultado é uma epistemologização ideológica.

Então não existe a verdade fenomenológica, exatamente, o que estou refletido, a verdade é apenas o convencimento ideológico, acredito que a ideologia representa o que penso ideologicamente, deste modo, funciona para qualquer cognição.

Motivo pelo qual acredito que deus existe, que o neoliberalismo resolverá a questão do desenvolvimento econômico, que o homem tem uma alma, assim, consecutivamente.

Sendo deste modo, o sujeito é a reconstrução ideológica da história, da mesma forma a fenomenologia, tudo é processualidade da mesma realidade cognitiva.

Então como saber o que é certo ou errado no sentido absoluto, tal hipótese não tem significação epistemológica.

Tudo se efetiva na complexidade da dúvida.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/04/2020
Reeditado em 27/04/2020
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