Gratidão da saudosa segunda Mãe

BARONIZIA SANTANA GONÇALVES

(nome de batismo de Baronizia Lungas Gonçalves)

Devo estas páginas à caridade da eminente espírita, serva do Senhor que encontra-se no mundo espiritual, ao qual sinto ligado por um sentimento de gratidão que pressinto se estendendo além da vida presente.

Não fora a amorosa solicitude dessa iluminada representante Espiritual da Doutrina dos Espíritos (código divino) que promoveu, na página fulgurante deixada na terra sobre Ciência, Filosofia e Religião, acudir ao apelo de todo coração sincero e que recorri ao seu auxílio com o intuito de progredir, acudir às necessidades urgentes do trabalho, socorrido e reparador.

Refiro-me aqui a abnegada servidora do bem desencarnada em 25 de setembro de 2003, emissária da providência no plano espiritual a saudosa Baronizia Lungas Gonçalves, Lungas nome atribuído à convivência com tribo indígenas Tupinambás, a grande Apóstola no Brasil do Espiritismo, pioneira memorável na participação do espiritismo, tão admirada pelos adeptos da magna Filosofia e da Religião, espírita notável e a quem tenho os melhores motivos para atribuir às intuições advindas para a compilação e redação do presente exemplar.

Durante anos tive a felicidade de sentir a atenção da tão nobre espírita, (reforma de mim mesmo) piedosamente voltada para mim, inspirando-me um dia, aconselhando-me em outro, enxugando-me as lágrimas nos momentos decisivos em que renúncia se impusera com resgates indispensáveis ao levantamento de minha consciência, engolfada ainda no opróbrio das conseqüências de uma reação em causa da existência presente.

E durante anos convivi, por assim dizer, com essa irmã venerável, ilustre confreira, (convidado à prática do Evangelho) cujas lições que habita minha alma de consolações e esperanças, cujos conselhos procurei sempre pôr em prática, e que hoje como nunca, quando a existência já declina para o seu acaso, fala-me mais ternamente ainda, no segredo do recinto humílimo onde estas linhas são escritas!

Destaquei pela assiduidade e simpatia com que sempre me honrou, e, principalmente, pelo nome glorioso que agora aqui deixo registrado, pois se trata de uma divulgação doutrinária Espiritual (as vozes amigas do céu provinda do espaço, amáveis mensageiros, instrutores e intermediários celestes) fecunda e talentosa, senhora abnegada.

Até hoje de mim mesmo índigo a razão por que me distinguiria com tanta afeição se, obscura, trazendo bagagem intelectual vivida, somente possuía para oferecer ao seu peregrino saber, como instrumentação, o coração respeitoso e a firmeza na aceitação do Evangelho, porquanto, por aquele tempo, nem mesmo a cultura doutrinária eficiente eu possuía!

E posso mesmo dizer que foi graças a esse convívio com a Doutrina Espírita (código divino) que me advêm às únicas horas de felicidade e alegria que desfruto neste mundo, com a resistência para o testemunho que fui chamado a apresentar à frente da grande Lei que tem caráter divino e não transitória, o princípio dos deveres para com Deus.

Até o momento em que estas linhas vão sendo traçadas, e de dar-me ainda os testemunhos que mais tarde provarei, talvez não faça a tempo as renúncias indispensáveis ao verdadeiro intercâmbio com o Além ou a insuficiência dos meus cabedais intelectuais não permite facilidade às nobres entidades assistentes faz-se transmitidas à coletividade, mas mesmo assim, como um iniciante escritor, sobra capacidade, por mim mesmo, tentar a experiência recebendo instruções a fim de prosseguir, pois ser-me-a concedido à necessária assistência! Sendo assim uma vibração do pensamento capaz de manter, pela ação da vontade, o que desejar!

O Espiritismo tem amplamente tratado de todos esses interessantes casos para que não se torne causa de admiração o que esta sendo exposto; e certamente muito conhecido dos estudantes da doutrina explicada e abrilhantada à luz do Espiritismo.

Patenteado fica ao meu raciocínio as bagagens de me colocar em plano equivalente aos missionários escolhidos por Nosso Mestre Jesus Cristo. Vendo-me ao “status” do idoso, sabendo que não terei nenhum arrebatamento e nem irei subir em uma nave de fogo, como Elias no deserto, vou me preparando espiritualmente para o retorno de onde vim, não sei aonde, se morte definitiva e absoluta, ou para uma invernada em outras paragens, na busca de melhora e evolução do espírito. Registro neste momento minhas convicções.

Baronizia Lungas Gonçalves, pioneira memorável, Fundadora e Presidenta do Centro União e Fé, em 28 de agosto de 1922, conforme Certificado expedido pelo Registro Geral das Sociedades Espíritas instituído na Federação Espírita Brasileira, emitido em 20 de Julho de 1927, no seu art. 6º do Regulamento de 25/03/1925, por determinação dos arts. 38, § 22, e 42 § de seus Estatutos, com sede em Cachoeira Estado da Bahia, tendo satisfeito às exigências do art. 3º do citado Regulamento, se acha inscrito, sob o nº de ordem 182 naquele Registro, deferido que foi pela Diretoria da Federação, em 19/07/1927, o seu requerimento de inscrição. Assim sendo, passou-se-lhe o presente Certificado, pelo qual a Federação reconhece estar o dito Centro no gozo dos direitos definidos nos arts. 7º, 8º, e 9º, do mesmo Regulamento.

Na Cidade de Montes Claros fundou e presidiu Centro Espírita Apóstolo João Batista em 24 de Junho de 1949, com as atividades iniciadas na própria residência da confreira, na Rua Coronel Joaquim Costa, 1093.

Em suas palavras a irmã presidenta dizia: como fundadora de mais de 37 Centros Espíritas, reconhecidos e de utilidade pública, com a finalidade do estudo teórico, experimental e prático do espiritismo, para nos ensinar o Santo Evangelho no estudo de todas as verdades ou norma perfeita de vida.

Como espírita convicto, fui chamado a ocupar o cargo de 1º Secretário da Diretoria na Entidade Espírita. Participei das reuniões até o desencarne da Saudosa Diretora Baronizia Lungas Gonçalves, as atividades foram encerradas e a Entidade extinta.

Landulfo Santana Prado Filho

Irmão Remido.

Landulfo Prado
Enviado por Landulfo Prado em 31/01/2021
Código do texto: T7173097
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