AS BARREIRAS DO IDIOMA PORTUGUÊS

Prólogo

Recentemente escrevi e publiquei no Recanto das Letras o texto: “A RAINHA DA LIXEIRA”. Trata-se, o supracitado escrito, de memórias de um incidente hilário ocorrido entre mim e uma minha antiquíssima ex-namorada. – (Nota deste Autor).

UMA MENSAGEM DE UM NOTÁVEL LEITOR

Para um simpático leitor eu escrevi, depois de lhe enviar o link do texto: "A RAINHA DA LIXEIRA".

– Ah! Claro que eu poderia me alongar no escrito, mas creio que despertei a curiosidade de alguns notáveis leitores.

– E muito! Pois não entendi nada desse seu manuscrito! Bom dia! – Respondeu-me o leitor, mas de volta eu respondi:

– Bom dia... O empecilho para a compreensão do que se lê, naturalmente, está associado à limitação cultural do leitor. Aliás, certa ocasião um colega, funcionário já aposentado da Caixa Econômica Federal – CEF, me confessou:

"Seus textos obrigam os leitores não apenas à reflexão, mas sobretudo a consultarem um bom dicionário". – (sic).

Mas o notável leitor não se aquietou com minha resposta e escreveu, esquecendo que sou advogado e que estou sempre de atalaia, em busca de uma boa defesa numa excelente causa: "O homem não se mede por sua instrução e sim pelo seu caráter" – (sic).

Claro que respondi, melancólico, ao esperneio (reclamação, protesto; resistência) do leitor lorpa pelo gritante despreparo e sua limitação cultural, ao me fazer uma crítica fragorosa e desnecessária:

– Depende do que se queira medir (avaliar). Mede-se a cultura pelo grau de instrução ou saber. Já o caráter é avaliado pelas ações e/ou atitudes, comportamento socioafetivo.

AS BARREIRAS DO IDIOMA PORTUGUÊS

Ninguém está livre de cometer erros gramaticais, mesmo com a correção automática dos smartphones, tablets, computadores e afins. Aliás, tenho dito, sempre que posso, e me for conveniente escrever e dizer: Devemos desconfiar daquela pessoa que diz tudo saber!

Devem estar atentos escritor e leitor aos vícios de linguagem que estamos tão acostumados a falar e ouvir que muitas vezes nem percebemos os erros. (exemplos: tiroteio de bala, repetir de novo, multidão de pessoas, decapitou a cabeça e outros).

NINGUÉM SABE DE TUDO

Claro que existem dicas valiosíssimas para sabermos a diferença entre ‘mau’ e ‘mal’, ‘onde’ e ‘aonde’, ‘há’ e ‘a’, ‘demais’ e ‘de mais’ e tantas outras palavras parecidas do português.

Vou elencar alguns erros simples, em parêntesis, que pessoas desatentas cometem ao falar e/ou escrever. É de bom grado eu explicar que erramos na escrita pelo motivo de quase sempre escrevermos como falamos. Se quiserem poderão fazer as respectivas correções como dever de casa (risos):

1. “Ela ficou (meia) chateada depois da conversa”.

2. “Hoje fiquei (menas) cansada que ontem”.

3. “Ele está muito (afim) da minha prima”.

4. “Esse tipo de música não tem (nada haver) comigo”.

5. “Não sei (aonde) fica o prédio residencial do Wilson”.

6. “Vamos vender tudo (à prazo)”.

7. “Comi (demais) e fiquei sonolento. Por quê?”.

8. “Corri (de mais) e quase infartei”.

CONCLUSÃO

Aproveito o ensejo deste texto, explicativo, para pedir mil perdões aos meus notáveis leitores por ser, quase sempre, enfadonho e prolixo com meus insossos escritos.

Eu sei: O mais importante, para quem escreve, é ser compreendido por quem nos lê e escuta.

Ou seja, ser formal demais também pode ser um erro, mas nos meus escritos eu não sou demasiado formal. Escrevo palavras inusuais... E isso é bem diferente da vulgaridade recorrente na escrita informal (coloquial).

Enfim, talvez eu devesse conhecer melhor meu público-alvo para escolher a linguagem mais apropriada e ser mais facilmente compreendido.