A Fenomenologia da Percepção em Maurice Merleau Ponty, escrito por Edjar Dias de Vasconcelos.

A Fenomenologia da Percepção em Maurice Merleau Ponty.

Ponty nasceu na bonita cidade de Rochefor-sur-Mer em 14 de março de 1908, foi matriculado na famosa instituição École Normale Supérieure de Paris formou-se em Filosofia no ano de 1945, curso que era da sua preferência.

Logo em seguida transformou-se professor da famosa Universidade de Lyon e, exatamente em 1949, tornou-se professor na Universidade de Paris, uma ascensão acadêmica rápida.

Filósofo francês Maurice Merleau-Ponty formulou reflexões sobre a fenomenologia elevando o pensamento crítico no desenvolvimento da Filosofia analítica remodelando sistematicamente a teoria do conhecimento.

A Fenomenologia para Ponty é um movimento filosófico necessário segundo o qual, quando um determinado objeto surge diante da consciência humana, a razão naturalmente observa com veemência o fenômeno, procurando entender sua conformidade em sintonia com a capacidade perceptível do cérebro.

O objeto não é apenas sua objetivação, mas também a projeção do conhecimento através dos mecanismos sintéticos de lógicas a fortiori racionais.

Conhecer é uma ação complexa e parcial, sinteticamente e não absolutamente projetiva, queiramos ou não quem conhece em última instância é a estrutura epistemológica do cérebro, sem negar a relação dialética dos procedimentos empíricos.

O objeto por si não consegue impor ao mundo sistemático, mas pode empiricamente determinar a mudança analítica da estrutura lógica dos paradigmas cognitivos do sujeito.

O que significa a respeito da conclusão desse mecanismo que por natureza é dialético, pelo menos fragmentariamente a matéria, ou seja, o objeto observado, penetra ao campo empírico da consciência elaborada, transformando desse modo, em fenômeno compreendido, sinteticamente nas possibilidades do entendimento do real.

O trabalho de Ponty a respeito da fenomenologia favoreceu a Filosofia como instrumento de aplicação a outros campos científicos diversificando os ramos do saber intelectual.

A ideia da intencionalidade a razão instrumentalizada na construção teórica no sentido de facilitar a captação de impressões nos sentidos as diversificações dos saberes e ao mesmo tempo ao campo da especificação.

Ponty acredita na natureza do cérebro do homem, na sua imensa dimensão de configuração, composta pela integração diversa ao que deve ser explorada na sua particularidade ao entendimento dos fenômenos.

O cérebro humano tem configuração integral a princípio, ao qual deve ser explorado com competência, levando entender ao que se passa nele, criam-se estímulos que ajudam os mecanismos dos processos de sínteses, o fundamento da natureza dos entendimentos.

Para Ponty o Homem é o único meio para evolução global das formulações a respeito do conhecimento e suas diversas formas de variações na produção do saber elaborado.

Para chegar ao conhecimento por mecanismos minuciosos da percepção, Ponty desenvolveu uma fenomenologia epistemológica crítica e precípua ao próprio movimento processual cognitivo.

Merleau-Ponty elaborou o mecanismo do entendimento fenomenológico em uma dimensão de modalidade existencial distinto na perspectiva da lógica racional, resumindo no logos, ou seja, a estrutura de compreensão do mundo para a percepção do objeto.

De acordo com sua acepção a Filosofia na sua diversidade possibilita o entendimento do mundo real em uma relação coerente fenomenologicamente aprendendo a entender o universo, ou seja, os objetos fenomenológicos envolvendo o aspecto intencional da relação dialética composta numa relação mútua cerebral.

Filósofo realmente crítico tem consciência que a ciência que apreende as teorias sistemáticas por meio da percepção no uso lógico da psicologia, não consegue explicar o instante em que a consciência integrada ao mundo, perde parcialmente a própria percepção do fenômeno como objeto, portanto, a fenomenalidade representa apenas sua parcialidade.

Com tais limites reflete Ponty é praticamente impossível entender a sensação na sua globalidade, o que significa na absoluta pureza, desse modo, ela é colocada em um espaço limitado e parcial no qual é essencialmente analisado em sua particularidade.

O fundamento do saber encontra se no entendimento do sujeito, na sua capacidade de entender a cerca de tudo que aparece ao homem, à aplicação da lógica racional.

O conhecimento significa, portanto, em como dar significado à forma de captação pelos sentidos, que possam realizar as significações de cognições entre os objetos que são perceptíveis e aos que apresentam aos olhos a forma em que o cérebro processa o fenômeno.

Para o filósofo o cérebro humano é uma espécie de mundo próprio, o qual deve ser entendido no seu contexto histórico, o conhecimento só é possível dentro da história como produção cultural.

O fenômeno é entendido pelo mecanismo da simbologia como verdade construída, o que se entende é o resultado da possibilidade significativamente natural, na direção de todos os paradoxos possíveis.

O homem aposta suas esperanças na composição global do cérebro e seus mecanismos culturais, entendidos de certo modo, como frações significativas numa interação de consciências dialéticas no entendimento complexo da globalidade.

Merleau-Ponty escreveu diversos livros, os mais importantes de natureza da análise psicológica, como: A Estrutura do Comportamento, publicado em 1942. A Fenomenologia da Percepção em 1945.

Ele como filósofo no seu momento político usou com instrumento de análise a teoria marxista, como Humanismo e Terror em 1947, foi de certa maneira uma defesa clara do socialismo soviético, isso nos anos 40.

Já em 1955 sofrendo uma crise epistemológica modificando sua concepção marxista a respeito do regime soviético quando escreveu uma magnífica obra que denomina de As aventuras da Dialética, uma crítica indireta a própria revolução socialista.

Nesse momento, o marxismo passa ser apenas mais um instrumento para compreender os fenômenos psicossociais e não uma epistemologia do saber eficiente.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, frances e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/01/2024
Código do texto: T7971037
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