Frente Polisario e promessas de reconciliação com as vítimas de direitos humanos

Depois de seis meses da Frente separatista, “Polisario”, ter anunciado uma indemnização às vítimas objeto de graves violações dos direitos humanos, os activistas de direitos humanos criticaram a atitude irresponsável e infantil dos dirigentes da Frente, sem nenhuma ação concreta para restituir as vítimas do terror, cometidos nos campos de Tindouf, sudeste da Argélia.

O sr Ibrahim Ghali, pretendido líder do “Polisario”, mantém a propaganda da “suposta reconciliação” com as vítimas de violações dos direitos humanos, sob pretexto de avançar sua candidatura

para um novo mandato contra os seus pretendidos adversários.

Uma série de associações dos direitos humanos, bem como da defesa das vítimas dos presídios da “Polisario” negaram qualquer iniciativa por parte dos dirigentes da polisario, apoiados por Argel, da suposta reconciliação ou reparação dos danos causados às vítimas das prisões da Polisario, no sudoeste da Argélia.

Os comitês de vítimas de muitas associações de defesa dos direitos humanos denunciaram também “a ausência de condições e elementos de acordos legais ou até consuetudinários objeto de crimes horríveis cometidos por “Polisario” as vítimas, mulheres, crianças, idosos e ativistas defensores de liberdade.

A propaganda da frente separatista, assim, continua sendo desprovida de princípios, longe de condições e elementos de justiça social ou de transição, reconhecido internacionalmente.

Tal Frente da polisario apoiada por Argel perpetua a impunidade nos campos, cujos carrascos mantidos fortificados, até homenageados por meio de cargos falsos, contrabandeados ou transferidos para o exterior a efeitos de consultas ou medicações, sem rendição de contas.

Essa milícia da Polisário oculta a opinião pública sob pretexto de ajuda umanitária, ou de defesa de factos das violações dos direitos humanos; sem portanto dispor de nenhum órgão independente que possa revelar a verdadeira situação e realidade das violações nos campos cercados.

Pois não se pode resolver as graves violações dos direitos humanos sem a implicação do Estado argelino, cujo território objeto das violações e seu exército principal ator escândalo de direitos humanos.

Segundo o responsável do Observatório Saharaui para a Média e Direitos Humanos, a defesa dos direitos humanos e o reconhecimento das violações podem surtir seus efeitos sob a pressão mediática internacional, popular e associativa, e no âmbito dos processos apresentados pelas vítimas frente às tribunais internacionais, tribunais espanhóis.

Conforme o Centro de Estudos Estratégicos do Saara e África, tudo indica que a frente do polisario é sem coragem, nem legitimidade para tomar quaisquer decisões, nem portanto a capacidade de abrir uma nova página da reconciliação objeto das graves violações dos direitos humanos.

Tal processo indicia a milícia da polisario, perante a sua responsabilidade e urgência humana, regional e internacional de direitos humanos, chamando para acabar com esta longa história de repressão, de assassinatos, de sequestros, de detenções e de outros tipos de violações de direitos humanos.

Esta questão da indemnização das vítimas de violações objeto dos campos de Tindouf, passa por Argel, e não pela milícia da Frente Polisario responsável da gestão dos campos, com a ausência de qualquer quadro institucionalizado, ou de uma entidade legítima, com o qual se possa coordenar junto ao Estado onde o território, teatro das violações cotidianas dos direitos humanos.

Assim a frente da Polisario não tem nenhuma independência na decisão política, cativada dos colonos argelinos num jogo do conflito regional com Marrocos, tais falsas promessas sobre os direitos humanos visam atenuar os protestos populares e a tensão, antes dos preparativos do pretendido congresso da Frente, visando a reeleger o atual separatista, Ibrahim Ghali, mandatário do Estado argelino.

Finalmente esta milícia da Frente, polisario, contínua manter pressão sobre os campos de Tindouf, impedindo os observadores independentes, regionais e internacionais, a levar assistência e tomar conhecimento do estado das vítimas detidas nas prisões da polisario, uma vez que a propaganda argelina e da milícia polisario ofusca qualquer tentativa de diálogo ou de discussão, até mesmo sobre o relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas pelo Saara 2015; cujas políticas e iniciativas postas para lançar luz sobre a situação e promessas de conciliação desviam do objetivo, apenas numa situação no qual o mandatário regime autoritário, polisario, aparece numa tensão popular e manifestações sob a bandeira do próximo congresso pretendido pelos dirigentes da Milícia da polisario, mandatados por Argel.

Lahcen EL MOUTAQI Professor universitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 29/03/2023
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