A MATA CILIAR DO RIO GUARIBAS

A MATA CILIAR DO RIO GUARIBAS

A mata ciliar, chamada também de mata galeria em algumas regiões brasileiras, é uma vegetação que aproveita a umidade do solo das margens e várzeas fluviais e se desenvolve paralelamente ao longo do curso do rio Guaribas. Por isso, é extremamente importante a sua preservação, visto que ela evita a erosão e o assoreamento do leito do rio. É assim mais ou menos como uma espécie de filtro regulador entre os solos dos terrenos mais elevados e o curso d’água em si, ou seja, o leito aquático do rio. Pelo fato de existirem na beira dos rios, as matas ciliares são chamadas também de formação ou vegetação ribeirinha. Oiticicas, angicos, muquéns, canafístulas, paus-ferro, ingazeiras, carnaubeiras, aroeiras, juazeiros, jenipapeiros e bambus, são algumas das muitas e diversas árvores das margens do rio Guaribas que compõem sua mata ciliar, resultando num bonito efeito paisagístico que envolve as barrancas/ribanceiras e curvas do rio. Acrescidos a essa vegetação natural podemos observar também inúmeros tipos de árvores frutíferas, tais como goiabeiras, cajueiros, mangueiras, coqueiros, tamarineiras e muitos outros. Além de outros arvoredos de médio e pequeno porte. Ali é o habitat, por exemplo, de várias espécies de animais da nossa fauna, como iguanas/camaleões, teiús, preás, guaxinins, raposas, gambás, sagüis, tatus-pebas e outros, e de aves, especialmente passeriformes, como sabiás, sofrês (corrupião), coleirinhas, bem-te-vis, galos-de-campinas, sanhaços azulões, rolinhas, anuns, papa-sebos, casacas-de-couro, vinvins, suiriris, lavandeiras/lavandeiras-mascaradas, pegas, graúnas, beija-flores, saís-bico-de-agulha; periquitos, canários e tantas outras; além de gaviões, carcarás, corujas e, claro, das inúmeras aves ribeirinhas que também compõem a avifauna de nossa região de Picos, como: garças, jaçanãs, socós, matins-pescador, saracuras três - potes, carãos, tetéus ou quero-queros, batuíras-de-bando e outras.

É bem verdade que todas aquelas espécies arbóreas das matas ciliares apresentam entre si certas diferenciações. Entretanto, o mais importante é que os ecossistemas por elas formados têm um papel imprescindível nas áreas fluviais.

Nas margens do rio Guaribas, podemos ver também pastagens e inúmeras plantações, destacando-se, entre outras: bananais, coqueirais, milharais, capinzais...

Em última instância, é importante ressaltar que o rio Guaribas, ou rio das Guaribas, como eu já citei em artigo publicado em 1994, tem esse nome em virtude de uma espécie de macaco do mesmo nome, isto é, os macacos da espécie guaribas, habitar, em outras épocas, as matas localizadas às margens do velho rio, sobretudo nas áreas mais próximas de suas nascentes e em seus alto e médio cursos, matas estas chamadas então de matas ciliares.

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(*) Edimar Luz, é articulista, escritor/cronista, memorialista, poeta, compositor, professor e sociólogo formado em Recife (PE).

Picos (PI), julho de 1999.

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 28/11/2012
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